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07/04/2020

Para estimular empréstimos, governo dobra valor de garantia sobre captação dos bancos

A ideia do Banco Central é dar mais segurança aos bancos para que eles possam conceder mais crédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta segunda-feira dobrar de R$ 20 bilhões para R$ 40 bilhões, o valor de captação de recursos que serão garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

O objetivo é estimular que as instituições financeiras disponibilizem crédito no mercado por meio de empréstimos e financiamento. A medida dá mais segurança aos bancos, mesmo com os efeitos da pandemia do coronavírus.

O diretor de regulação do Banco Central, Otávio Ribeiro Damaso, disse que o valor do instrumento foi dobrado para auxiliar o sistema financeiro na concessão de crédito.

- Isso ajuda que a instituições financeiras possam fazer captação. Essa captação vai estar protegida com um seguro junto com FGC e com esse seguro elas possam emprestar para a sociedade - afirmou.

A garantia dada pelo FGC cobre o Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) à vista, uma forma que os bancos têm de captar recursos no mercado.

Com a nova medida, esses recursos, até o valor de R$ 40 bilhões, ficariam garantidos pelo FGC. Dessa maneira, as instituições financeiras teriam mais segurança no momento fazer empréstimos ou financiamentos.

O FGC é um fundo que tem como objetivo proteger os investidores em caso de perdas em alguns ativos. Ele funciona, além do DPGE, para letras de crédito imobiliário (LCI) e depósitos de poupança, por exemplo.

O DPGE foi um instrumento usado durante a crise financeira de 2008 e resgatado no último mês pelo Banco Central para dar mais uma opção segura de captação de recursos aos bancos.

Em nota, o BC disse que a medida faz parte das ações tomadas pelo Banco Central e pelo CMN para manter a liquidez durante os efeitos da pandemia de covid-19.

“A mudança faz parte das medidas preventivas adotadas pelo BC e pelo CMN para assegurar a manutenção da liquidez do Sistema Financeiro Nacional em momento de maior aversão a risco no contexto atual de incertezas quanto ao desdobramento da crise de saúde pública de importância internacional relacionada à Covid-19”.

FONTE: O GLOBO