O Produto Interno Bruto (PIB) do setor de construção registrou seu terceiro trimestre consecutivo de resultados negativos, desta vez influenciado ainda pelos efeitos das medidas de isolamento social adotadas para enfrentamento da pandemia, mostram dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No segundo trimestre, o PIB da construção mostrou queda de 5,7% na comparação aos três meses anteriores. Foi o pior resultado desde o segundo trimestre de 2003, quando havia registrado recuo de 8%. O setor já havia recuado no quarto trimestre de 2019 (-3%) e no primeiro trimestre deste ano (-3,3%).
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, lembrou que a pandemia provocou a paralisação de obras no país, tanto de infraestrutura quanto no setor residencial. Desta forma, houve redução no número de pessoas empregadas na atividade, assim como menor demanda por insumos da construção.
“A queda foi mais puxada pela infraestrutura porque era um segmento que já vinha sofrendo há mais tempo. Mas algumas construções no mercado imobiliário também pararam durante os primeiros meses da pandemia”, disse ela. “Também houve aumento do número de imóveis disponíveis na economia.”
Vale notar que a economia brasileira encolheu 9,7% no segundo trimestre, em relação aos três meses anteriores