O mercado imobiliário valerá 5,85 trilhões de dólares em 2030. Essa informação consta no relatório da Research and Markets, que contou com a participação de algumas grandes empresas imobiliárias mundiais, como a Brookfield Asset Management, a Prologis e a Coldwell Banker. Segundo a consultoria, a rápida expansão econômica em países em desenvolvimento aumentou os níveis de rendimento e favoreceu o setor imobiliário.
Fatores como a crescente demanda por espaço imobiliário para moradia e o aumento da urbanização como resultado da migração em busca de melhores comodidades devem favorecer o crescimento do mercado. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 50% da população vive em áreas urbanas e esse número deve chegar a 65% no período da previsão devido à migração para cidades que se transformam em megacidades com comodidades urbanas e estilo de vida agitados.
A perspectiva positiva alcança o mercado imobiliário de luxo. Segundo o levantamento “The Report: 2023 Global Luxury Market Insights”, realizado pela Coldwell Banker Global Luxury, o valor intrínseco da compra de imóveis nunca foi tão alto, pois os compradores ricos são estimulados por mudanças no estilo de vida e por oportunidades no atual ambiente de mercado. A previsão é de um volume maior de compradores internacionais, uma influência crescente entre os milionários mais jovens e o apetite contínuo por residências secundárias como impulsionadores do mercado no cenário de luxo de 2023.
No Brasil, o cenário também se mostra promissor. De acordo com levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP), espera-se um crescimento de 20% nas vendas de imóveis de luxo ao longo de 2023.
“A casa é o principal cenário da vida da pessoa, o refúgio, o porto seguro, o lugar onde se constroem as mais importantes memórias. Morar em uma casa luxuosa, com elevado nível de conforto, exclusividade, segurança, ampla metragem, localização privilegiada, infraestrutura completa e detalhes muito bem-pensados desde o projeto arquitetônico até os acabamentos é o sonho de muitos”, explica a empresária com mais de 15 de atuação no ramo imobiliário e CEO da empresa que leva seu nome, Aline Sofia.
Especializada no segmento de imóveis de luxo, a empresária Aline Sofia ressalta alguns dos motivos pelos quais o crescimento do setor deve ser expressivo em 2023 e também nos próximos anos. “Depois da chegada da pandemia, muitos hábitos e necessidades passaram por profundas transformações. A possibilidade de home office, a vontade de estar mais perto da família e dos amigos, entre outros fatores, fizeram com que a casa se tornasse uma parte ainda mais importante da vida. Também é possível perceber que tanto a Geração X, mais madura, quanto os jovens Millennials, têm buscado propriedades como refúgios, além de incluírem os imóveis como parte de sua construção de patrimônio”.
O segmento de médio e alto padrão já representa cerca de 30% das vendas anuais do setor, segundo dados da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias). Em média, o Brasil comercializa cerca de 157 mil imóveis por ano. Desse total, o segmento responde por cerca de 46 mil unidades.