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25/05/2023

Pessoas que ganham mais preferem apartamentos, segundo pesquisa (Estado de S.Paulo)

O sonho americano da casa grande com uma cerca branca não desembarcou em solo brasileiro. Por aqui, a tendência caminha na direção oposta

O sonho americano da casa grande com uma cerca branca não desembarcou em solo brasileiro. Por aqui, a tendência caminha na direção oposta. Quanto maior a renda, maior a probabilidade da pessoa preferir comprar um apartamento. Pelo menos é isso que mostra um levantamento exclusivo da Brain Inteligência Estratégica sobre a intenção de compra de imóveis no País.

 

Para 55% da população que ganha acima de R$ 15 mil por mês, o apartamento é o tipo de imóvel residencial mais desejado. Na sequência da pesquisa em que o respondente poderia marcar mais de uma opção, casa/sobrado em condomínio fechado, com a preferência de 43%, e 41% desejam uma casa/sobrado na rua. Apenas 19% das pessoas responderam que desejam comprar um terreno para construir. 


Já entre os que ganham menos de R$ 15 mil mensais, a maioria (58%) deseja comprar uma casa/sobrado em rua, enquanto 45% pensa em comprar um apartamento e 28% quer uma casa/sobrado em condomínio fechado. A proporção de quem respondeu que deseja comprar um terreno é parecida: 18%. Na visão de Fábio Tadeu Araújo, economista e sócio proprietário da Brain, os resultados são sintomas de um contexto.

 

“Quanto maior a cidade, mais relevante é o mercado de apartamentos. O adensamento propicia uma maior oferta de serviços”, analisa. “As cidades que têm muitos prédios geram mais comércio e serviços, o que valoriza a região. Porém, ao mesmo tempo, o preço da terra encarece, inviabilizando imóveis horizontais e favorecendo verticais”, complementa. 

Ele entende que em grandes centros urbanos, como São Paulo, o efeito é potencializado por características como segurança. “Quase a totalidade das casas de uma cidade são em ruas, não em condomínios ou loteamentos fechados. Num país que, infelizmente, é muito inseguro, o apartamento gera uma segurança maior”.  

FONTE: ESTADO DE S.PAULO