Balneário Camboriú (SC) é a cidade com o metro quadrado mais caro do país, mas, quando se trata de bairros, os topos ainda estão entre o Rio de Janeiro e São Paulo. É o que mostram os dados do índice FipeZAP de Venda Residencial, apurados até dezembro e divulgados nesta terça-feira. A pesquisa monitora os preços de imóveis residenciais em 56 cidades do país, com base nos anúncios de vendas nos classificados do Zap.
Em São Paulo, os bairros de Pinheiros, Vila Mariana e Jardins foram os que registraram maior valorização do metro quadrado nos últimos 12 meses. As altas foram de 9,6%, 9,2% e 8,4%, respectivamente. No Itaim Bibi, onde o metro quadrado é o mais caro e chega a R$ 18.385, os imóveis residenciais tiveram valorização de 7,4%.
Segundo a pesquisa, oito entre dez bairros com os apartamentos residenciais mais caros de São Paulo têm preços acima da média nacional (R$ 9.366) e da média da cidade como um todo (R$ 11.374).
São regiões com boa infraestrutura urbana e que estão próximas do novo "distrito central de negócios", uma área que concentra escritórios empresariais e comércio. Os únicos abaixo da média nacional, que é menor do que a de São Paulo, são Santana e Vila Andrade.
— Todos os bairros apresentaram crescimento do preço do metro quadrado nos últimos 12 meses, exceto Cidade Jardim e Jardim Paulistano — destaca Paula Reis, economista do DataZAP.
No Rio, o Leblon lidera as altas de preço. O metro quadrado chega a R$ 24.119, e os imóveis residenciais se valorizaram em 7% em 2024, em relação ao ano anterior. Em seguida aparece Ipanema, com o metro quadrado na casa dos R$ 22,5 mil e uma alta nos preços de 5,4% em um ano. Na Barra da Tijuca, onde o metro quadrado fica em torno de R$ 13 mil, o avanço foi de 5%.
Dos dez bairros pesquisados, sete têm preços acima da média nacional e da média da cidade como um todo (R$ 10.289). Apenas Tijuca e Recreio dos Bandeirantes estão bem abaixo da média da capital. Laranjeiras está abaixo da média do Rio, mas acima da média nacional.
Segundo o FipeZAP, assim como em São Paulo, boa parte dos bairros cariocas que concentram os imóveis mais caros têm boa infraestrutura urbana. No entanto, ao contrário de São Paulo, essas regiões não estão tão próximas do centro dos negócios.
— No passado recente, a região da Barra da Tijuca se beneficiou de investimentos feitos para a Olimpíada de 2016, como o BRT e a linha 4 do metrô — lembra Paula.