Após ter ultrapassado, pela primeira vez, a marca de R$ 1 bilhão em empreendimentos imobiliários lançados no Brasil, em 2019, a paranaense Plaenge planeja Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,435 bilhão em projetos de médio e alto padrão neste ano. A incorporadora, que atua em Curitiba, Londrina (PR), Maringá (PR), Joinville (SC), Cuiabá, Campo Grande e Campinas (SP), passará a apresentar projetos também em Porto Alegre.
O início da atuação em Campinas e no segmento de loteamentos contribuiu para que o VGV lançado crescesse 32%, em 2019, para R$ 1,1 bilhão. As vendas chegaram a R$ 1,05 bilhão, estimuladas pela queda da taxa de juros, que possibilitam maior acesso dos consumidores ao crédito imobiliário e tornam os investimentos em ativos reais mais atrativos.
Segundo o sócio-diretor da Plaenge, Fernando Fabian, houve aumento na demanda por imóveis por parte de investidores e, principalmente, por consumidores finais. “A confiança das pessoas de que a economia brasileira está em trajetória positiva contribuiu bastante para o nosso crescimento em 2019”, afirma. Os empreendimentos da Plaenge têm preço médio por metro quadrado de R$ 7 mil a R$ 18 mil e são direcionados para público com renda familiar mensal a partir de R$ 15 mil.
Nos anos em que o mercado imobiliário estava em baixa, a Plaenge se preparou para o momento de retomada por meio da compra de terrenos e da busca de obtenção de licenças para os projetos, o que facilitou a expansão para novas cidades. A incorporadora tem intenção de começar a atuar na cidade de São Paulo, mas ainda não deu início à aquisição de terrenos na capital paulista.
Questionado se há intenção de abrir capital da Plaenge como parte da nova leva de ofertas iniciais de ações (IPOs) das incorporadoras, que começou recentemente, Fabian disse que a empresa foi abordada por bancos de investimento, mas não tem interesse. “Temos uma posição de capital bem sólida que nos permite expansão quando o mercado cresce, mas não de uma forma descontrolada em que percamos qualidade”, diz o sócio-diretor, que faz parte da segunda geração de uma das três famílias fundadoras da Plaenge.
A empresa tem atuação também no Chile, onde faz lançamentos horizontais e obtém taxas de crescimento superiores às do Brasil. Em três anos, as operações chilenas dobraram. Os negócios do Chile representam de 15% a 20% do volume total.
