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15/09/2020

Plano&Plano; testa apetite do mercado por IPOs do setor de imóveis

Oferta inicial de subsidiária da Cyrela pode movimentar até 1,3 bilhão de reais; setor de imóveis lidera em número de IPOs na bolsa neste ano

A temporada de ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) tem novo capítulo nesta terça-feira, 15, com a definição do preço da ação para a estreia da incorporadora Plano&Plano na B3, a bolsa brasileira. A estreia deve acontecer na quinta, 17.

A subsidiária da Cyrela voltada para imóveis de baixa renda, como os do programa Minha Casa Minha Vida, definiu o intervalo entre 11,25 reais e 15,25 reais como a faixa indicativa de preços. Se houver demanda e a ação sair no topo da faixa, a Plano&Plano poderá captar até 1,3 bilhão de reais.

Será uma oferta primária (com recursos voltados para o caixa da companhia) e secundária (para os sócios que venderem participações). No primeiro caso, os recursos serão destinados para capital de giro e aquisição de terrenos.

Seria um sinal positivo para a fila de incorporadoras que entraram com pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na B3. Há mais de uma dezena de pedidos em compasso de espera para o melhor momento de abrir o capital.

Analistas colocam em xeque se haverá demanda de investidores por todas as ofertas. Sinais já foram dados pelo mercado em sentido contrário. Entre o fim de julho e o início de agosto, duas incorporadoras desistiram do IPO por não encontrarem demanda por suas ações no preço que avaliavam como justo: a Riva 9, controlada da Direcional Engenharia, e a You Inc., de imóveis de médio e alto padrão em bairros nobres de São Paulo.

Na fila para a abertura de capital estão empresas com diferentes atuações dentro do segmento: de companhias de loteamentos urbanos (a Urba) e voltados a imóveis para a alta renda (a Kallas) até especializados na gestão de aluguel residencial (a Housi).

Mas, ainda que a precificação da Plano&Plano decepcione, haverá novo teste na quinta-feira, 17: é o dia previsto para a definição do preço da ação do IPO da Cury, incorporadora cujo principal acionista é novamente a Cyrela.  

FONTE: EXAME