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08/03/2016

Poupança e fundos sofrem resgates em fevereiro

Fevereiro foi de resgates para duas tradicionais aplicações. A caderneta de poupança registrou saque líquido de R$ 6,639 bilhões no mês passado, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Em janeiro de 2016, a aplicação já havia registrado saque de R$ 12,031 bilhões.

Fevereiro foi de resgates para duas tradicionais aplicações. A caderneta de poupança registrou saque líquido de R$ 6,639 bilhões no mês passado, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Em janeiro de 2016, a aplicação já havia registrado saque de R$ 12,031 bilhões.

No ano passado, fevereiro já tinha sido um mês de saída para a poupança, com retiradas líquidas de R$ 6,264 bilhões. No acumulado de 2015, os saques superaram os depósitos em R$ 53,567 bilhões, marcando o pior ano desde 1995, início da série histórica do BC.

Os fatores que ajudam a explicar os saques na caderneta de poupança são a inflação elevada, aumento do desemprego e menor crescimento da renda. Os altos juros básicos da economia, hoje em 14,25% ao ano, também tiram a atratividade da caderneta, que perde em rentabilidade para outros investimentos, mesmo considerando a isenção de Imposto de Renda.

Em fevereiro passado, os novos depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 152 bilhões, e os saques, R$ 159 bilhões. Os rendimentos creditados totalizaram R$ 4,082 bilhões. Os saques se concentraram na poupança habitacional, com saída líquida de R$ 6,734 bilhões. A poupança rural registrou depósito líquido de R$ 96 milhões. Com isso, o estoque de recursos aplicado na caderneta recuou de R$ 648 bilhões para R$ 646 bilhões.

Na indústria de fundos, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os resgates líquidos chegaram a R$ 3,3 bilhões em fevereiro. A saída foi puxada pelas categorias de multimercados, com saída de R$ 6,3 bilhões e de ações, com perdas de R$ 1,6 bilhão.

Na contramão, o destaque ficou com os fundos de renda fixa, com captação líquida de R$ 4,4 bilhões, seguidos por fundos cambiais (R$ 344,7 milhões) e de previdência (R$ 302,5 milhões).

No ano, contudo, os fundos registram entradas líquidas de R$ 5,5 bilhões, também puxadas pelas carteiras de renda fixa, que atraíram R$ 18,2 bilhões. Na outra ponta, a categoria multimercados acumula saídas de R$ 11,6 bilhões no ano e ações, menos R$ 2,7 bilhões.

Em fevereiro, a indústria alcançou a marca de R$ 3 trilhões de patrimônio líquido, sendo metade em renda fixa.

FONTE: VALOR ONLINE