Por Roberta Costa
Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 11,515 bilhões em fevereiro, como divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). No segundo mês de 2023, os brasileiros depositaram R$ 279,927 bilhões e sacaram R$ 291,442 bilhões da poupança.
No mesmo mês de 2022, a modalidade registrou captação líquida - diferença entre entradas e saídas - negativa em R$ 5,350 bilhões. Novamente em fevereiro (já havia acontecido em janeiro), a poupança registrou a maior retirada líquida da série, calculada desde janeiro de 1995, de R$ 33,631 bilhões.
No acumulado do ano, as saídas líquidas somam R$ 45,14 bilhões, um novo recorde para o bimestre, segundo o Banco Central.
Em 2022 como um todo, a modalidade teve saída líquida de R$ 103,237 bilhões, maior resgate anual da série. No ano anterior, a poupança registrou saída líquida de R$ 35,469 bilhões.
Em dezembro, por sua vez, o resultado da caderneta ficou positivo em R$ 6,259 bilhões, primeiro ingresso após seis meses seguidos de retiradas líquidas.
Após uma série de resultados negativos, o saldo total da poupança continuou abaixo de R$ 1 trilhão em fevereiro, totalizando R$ 968,039 bilhões.
Em agosto de 2020, diante de desempenho significativamente positivo por vários meses seguidos em função da pandemia de covid-19, a caderneta superou a marca de R$ 1 trilhão e permaneceu no patamar até julho do ano passado.
O resultado de fevereiro se somou ao rendimento de R$ 6,916 bilhões creditados no período. Além disso, no mês passado, os recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) registraram saque líquido de R$ 8,576 bilhões. No caso do crédito rural (SBPR), houve saída de R$ 2,938 bilhões.
(Matéria publicada em 06/03/2023)