O preço dos imóveis novos comercializados em 2019 registrou alta de 4,11% no acumulado do ano. Em dezembro, a variação foi de 1,07%, quase o dobro do registrado no mês anterior.
Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços Imobiliários – Comercial) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) e foram divulgados nesta terça-feira (21).
O aumento em 2019 é registrado depois de resultados que praticamente deixaram os valores nominais inalterados em 2017 (variação de -0,60%) e em 2019 (variação de 0,64%).
De acordo com análise da Abecip, a variação do IGMI-R/ABECIP em 2019 "foi muito próxima à dos principais índices de preços ao consumidor no período, revertendo os resultados dos anos anteriores, em que ficou abaixo".
No ano, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou variação de 4,31%, 0,56 ponto percentual acima dos 3,75% registrados em 2018. O índice mede a variação dos preços de produtos e serviços para o consumidor final e é considerado o índice oficial de inflação do país.
Das dez capitais analisadas pelo IGMI-R, o destaque positivo é São Paulo, que registrou alta de 6,86% no ano e superou o IPCA.
Mesmo voltando a registrar aumentos nominais nos preços dos imóveis residenciais, em 2019, o Rio de Janeiro foi o destaque negativo do levantamento ao atingir 1,29% de elevação nos valores dos imóveis em 2019.
Todas as capitais apresentaram resultados positivos e em aceleração quando comparados os 12 meses de 2019 aos de 2018.
Confira o resultado:
• São Paulo (SP) - 6,86%
• Goiania (GO) - 3,51%
• Rio de Janeiro (RJ) - 1,29%
• Porto Alegre (RS) - 4,23%
• Salvador (BA) - 3,68%
• Brasília (DF) - 4,05%
• Fortaleza (CE) - 1,43%
• Curitiba (PR) - 3,99%
• Recife (PE) - 1,63%
• Belo Horizonte (MG) - 2,00%
De acordo com análise da entidade, apesar de sujeito a oscilações no final de 2019, o ritmo de crescimento do nível de atividade continua uma tendência de alta, que vai refletindo em indicadores do mercado de trabalho e de confiança de diferentes setores.
Em seu boletim, a Abecip também destaca que a expectativa da construção civil é que este cenário, aliado a melhores condições de financiamento e à demanda represada nos últimos anos deve revigorar o setor em 2020.
"Se confirmada essa expectativa, os efeitos sobre os preços dos imóveis residenciais devem ficar claros nos próximos meses, reforçando a tendência de aumento que por enquanto vem sendo verificada de forma mais forte na cidade de São Paulo", conclui.