Em 2019, o preço médio dos imóveis residenciais parou de cair.
No apartamento decorado para venda, a psicóloga Flávia Brandão Costa já tem uma boa ideia de como vai ser o lugar onde vai morar. Por enquanto, ainda está no papel. Ela comprou um imóvel na planta e não vê a hora de se mudar.
“Daqui a dois anos. Contando já nos dedos para chegar 2022 e me mudar”.
A pesquisa do índice FipeZap mostra os preços de imóveis anunciados em 50 cidades brasileiras. Depois de quedas em 2017 e 2018, em 2019 o valor médio do metro quadrado ficou estável.
Mas, olhando o cenário mais de perto, a recuperação foi diferente em cada cidade. Entre as 16 capitais monitoradas, Manaus teve o maior aumento no preço dos imóveis. Em seguida, vieram Vitória, Florianópolis, São Paulo e Salvador.
Já as maiores quedas nos preços dos imóveis em 2019 foram registradas em Fortaleza, João Pessoa, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife.
A pesquisa mostra que, pelo quinto ano consecutivo, o valor dos imóveis no Rio caiu. Ainda assim, a cidade tem o metro quadrado mais caro do país, R$ 9.331. Isso significa que se você for comprar um apartamento de 135 metros quadrados, vai pagar algo em torno de R$ 1,2 milhão. A não ser que este apartamento esteja no Leblon, Zona Sul do Rio, a área mais valorizada. Aí, o metro quadrado pula para R$ 21 mil e o preço do imóvel pode chegar perto de R$ 3 milhões.
Segundo o levantamento, o Leblon só perde para o bairro Cidade Jardim, em São Paulo.
Entre as cidades, com relação ao metro quadrado mais caro a situação se inverte. Depois do Rio, São Paulo e balneário Camboriú completam o pódio.
Especialistas do setor imobiliário dizem que o momento ainda está mais favorável para quem quer comprar.
“Na verdade, a gente entende que os preços estão se reajustando, entrando na sua faixa normal que deveria ser. A gente teve uma alta muito elevada de 2013 para trás, um boom do mercado, e agora está se acomodando”, disse Johnny Guedes, que é diretor de imobiliária.