Os preços de venda dos imóveis residenciais subiram 0,55%, em março, acelerando as altas observadas nos meses anteriores, de acordo com o Índice FipeZAP+, que acompanha o comportamento dos preços em 50 cidades brasileiras. Em janeiro, o reajuste foi de 0,53% e, em fevereiro, de 0,49% - acumulando uma alta de 1,58%, ao final do primeiro trimestre no ano.
Em 12 meses, o Índice FipeZAP+ registra um avanço nominal de 6,1% - variação inferior à inflação acumulada estimada para o IPCA, pelo Boletim Focus, do Banco Central, de 10,69%, e ao IGP-M, de 14,77%, no mesmo período.
No mês passado, 47 das 50 cidades monitoradas pelo índice apresentaram aumento no preço médio de venda residencial , sendo que, em 15 delas - como Manaus, Goiânia, Campo Grande, Vila Velha e Vitória -, essa variação superou a inflação ao consumidor esperada pelos agentes do mercado, no Boletim Focus do último dia 28, de 1,06%.
Considerando as 16 capitais acompanhadas, a única a não registrar aumento dos preços dos imóveis residenciais foi Porto Alegre (-0,09%), contrapondo-se, assim, às variações apuradas em Manaus (+2,26%), Goiânia (+2,52%), Campo Grande (+2,13%), Vitória (+1,96%), Fortaleza (+1,41%), Curitiba (+1,07%), João Pessoa (+0,93%), Maceió (+0,87%), Salvador (+0,83%), Belo Horizonte (+0,55%), São Paulo (+0,45%), Florianópolis (+0,45%), Recife (+0,40%), Rio de Janeiro (+0,20%) e Brasília (+0,07%).
De janeiro a março, a alta nos preços residenciais foi observado em 49 das 50 cidades monitoradas pelo índice, entre as quais 15 das 16 capitais, com destaque para Goiânia (+6,95%), Vitória (+6,01%), Campo Grande (+5,71%), Maceió (+3,72%), Fortaleza (+3,34%), Manaus (+3,12%), João Pessoa (+2,78%), Florianópolis (+2,77%), Salvador (+2,22%), Curitiba (+1,98%), Brasília (+1,34%), São Paulo (+1,31%), Belo Horizonte (+1,22%), Recife (+1,03%) e Rio de Janeiro (+0,56 %). Em Porto Alegre, os preços de venda de imóveis residenciais encerraram o primeiro trimestre com estabilidade.
No acumulado dos últimos 12 meses, o Índice FipeZAP+ apontou aumento em todas as 50 cidades monitoradas. As altas mais sentidas foram em Vitória (+23,49%), Goiânia (+19,60%), Maceió (+17,33%), Florianópolis (+15,92%), Curitiba (+14,27%), Manaus (+12,17%) e Campo Grande (+11,19%), com percentuais acima da inflação estimada.
Também apresentam aumento significativo nos preços, em 12 meses, Fortaleza (+9,92%), João Pessoa (+9,07%), Brasília (+9,05%), Belo Horizonte (+5,47%), Recife (+5,23%), São Paulo (+4,19%), Salvador (+4%), Porto Alegre (+4%) e Rio de Janeiro (+2,12%).
Com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda no mês passado, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ foi de R$ 7.981/m². Entre as 16 capitais acompanhadas, a cidade de São Paulo tem o valor médio por metro quadrado mais alto (R$ 9.831/m²), seguida por Rio de Janeiro R$ 9.701/m²), Vitória (R$ 9.016/m²), Florianópolis (R$ 8.833/m²) e Brasília (R$ 8.729/m²).
No sentido oposto, as capitais mais baratas para comprar um imóvel residencial são Campo Grande (R$ 4.850/m²), João Pessoa (R$ 5.061/m²), Salvador (R$ 5.448/m²), Goiânia (R$ 5.468/m²) e Manaus (R$ 5.896/m²).
(Matéria publicada em 05/04/2022)