O preço médio dos imóveis residenciais acumula uma alta de 2,96% este ano, segundo o Índice FipeZap de Venda Residencial, que avalia anúncios na internet em 50 cidadades brasileiras. O avanço ficou acima da inflação de 2,80% medida pelo IPCA no período que vai de janeiro a julho.
Das 16 capitais que entram no levantamento, 11 viram os preços subir além da inflação. Mas uma delas teve alta de três vezes maior que o IPCA. Em Maceió (AL), o preço médio escalou 10% só em 2023. Na outra ponta do país, Florianópolis também viu os números dispararem 7,76%, mais que o dobro do IPCA. No centro-oeste, o destaque foi para o avanço de 7,80% no valor dos imóveis anunciados em Goiânia.
Na comparação anual, a discrepância é ainda maior, enquanto o IPCA ficou perto dos 4% em 12 meses, os preços em Maceió avançaram 17,51%. Em Campo Grande (MS), a alta foi de 16,17%; seguido por Goiânia (15,39%); Florianópolis (12,67%); Manaus (12,26%); Recife (9,57%); Vitória (+8,63%) e Belo Horizonte (8,48%).
Somente em julho, o avanço do preço médio dos imóveis residenciais foi de 0,41%, diante dos 0,07% da inflação registrada na última prévia do IPCA para o mês.
Com isso, a média de preço do metro quadrado foi para R$ 8.548/m². Uma tendência que vem se confirmando é o valor mais alto da área dos imóveis com um dormitório, que custam em média R$ 10.076/m². As unidades com dois dormitórios, saem mais "em conta", por R$ 7.694/m².
Entre as 16 capitais monitoradas, Vitória (ES) voltou a desbancar São Paulo com a área mais cara, em média anunciada a R$ 10.549/m². Na capital paulista, a média é de R$ 10.483/m². Após sucessivas altas, Florianópolis atingiu preço médio de R$ 10.313/m², ficando à frente do Rio de Janeiro (R$ 9.926/m²). Outros destaques de elevado custo de aquisição são Curitiba (R$ 8.785/m²) e Brasília (R$ 8.859/m²). Apesar da alta acumulada este ano, Maceió ficou com valores abaixo da média, registrando custo de R$ 7.815/m².
Por outro lado, entre as capitais monitoradas com menor preço médio de venda, destacam-se João Pessoa (R$ 5.679/m²), Campo Grande (R$ 5.693/m²), Salvador (R$ 5830/m²), Manaus (R$ 6.038/m²) e Porto Alegre (R$ 6.516/m²).