A Nexpe, antiga Brasil Brokers, registrou prejuízo líquido de R$ 107,7 milhões no quarto trimestre de 2022, cerca de três vezes o prejuízo de R$ 34,2 milhões em igual período de 2021. No acumulado de 12 meses, o prejuízo totalizou R$ 151,7 milhões, 106% superior à perda de R$ 73,3 milhões do ano anterior.
A receita líquida somou R$ 29,14 milhões de outubro a dezembro, alta de 5% em relação ao reportado nos últimos três meses de 2021. No ano completo de 2022, a companhia que atua no mercado de intermediação e consultoria imobiliária faturou R$ 120,23 milhões, queda de 16% em base anual.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, (Ebitda) ficou negativo em R$ 94,72 milhões no último trimestre de 2022, triplicando o resultado negativo do Ebitda de igual intervalo de 2021, que ficou em R$ 30,12 milhões.
De janeiro a dezembro, o Ebitda ficou negativo em R$ 122,98 milhões, piora de 167% em relação ao reportado no ano completo de 2021.
A companhia, que entrou em recuperação judicial em fevereiro de 2023, amargou oito anos de prejuízos até entrar com o pedido na Justiça. A petição, que inclui a empresa e outras sete controladas, menciona dificuldades financeiras causadas por um passivo trabalhista de R$ 70 milhões e impactos mais recentes da pandemia, levando a um passivo total de R$ 94,18 milhões.
As ações trabalhistas foram movidas contra a empresa entre 2015 e 2016, e são atribuídas pela Nexpe à recessão que o Brasil enfrentou naquele período e ao desaquecimento do mercado imobiliário.