A Viver Incorporadora, em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido de R$ 79,1 milhões no quarto trimestre de 2018, três vezes maior que a perda apurada no mesmo período de 2017, de R$ 24,3 milhões.
A companhia atribui a piora do resultado ao efeito de despesas financeiras não recorrentes relacionadas à conclusão de uma transação para quitação com o Banco Bradesco. Os números também foram afetados pela baixa margem de venda das unidades vendidas.
A receita da empresa aumentou 20 vezes, na mesma base de comparação, somando R$ 68,5 milhões. No último trimestre de 2018, os custos dos imóveis da companhia chegaram R$ 96,7 milhões, ante o ganho de R$ 539 mil do mesmo período do ano anterior. Esse aumento nos custos, segundo a Viver, está relacionado à negociação com um fundo sob gestão da Jive Asset Gestão de Recursos, cessionário do crédito detido pelo Bradesco.
“Essa transação envolveu o pagamento por meio de dação em unidades e recebíveis, e o restante com a conversão do saldo da dívida em ações”, explicou a administração da companhia no relatório sobre os resultados.
Na linha financeira, a Viver registrou prejuízo de R$ 17,6 milhões, revertendo o lucro de R$ 1,6 milhão apurado no último trimestre de 2017.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 28,1 milhões. No último trimestre de 2017, o Ebitda também era negativo, de R$ 25 milhões.
No acumulado do ano, a Viver teve prejuízo de R$ 197,2 milhões, alta de 63,5% frente o prejuízo de R$ 120,6 milhões de 2017.
O resultado negativo recorrente, segundo a Viver, é consequência da não realização de lançamentos de novos projetos, bem como o impacto dos distratos no reconhecimento da receita e do lucro bruto, provisões para demandas judiciais e outros fatores.
A receita da incorporadora somou R$ 90,9 milhões em 2018, 1404% maior na comparação anual.