Segundo Correia, de forma prática, mais estados e municípios podem agregar subsídios locais ao programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, a fim de ampliar a capacidade das pessoas conseguirem dar a entrada em seus financiamentos. “Hoje alguns Estados e governos municipais têm participado e isso tem dado resultado, pois é muito difícil para a maior parte do público formar a poupança inicial do que pagar as prestações do financiamento , então esse benefício faz a diferença”, destacou.
Outro ponto abordado pelo presidente é a necessidade de o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ter uma modulação melhor nos saques aniversário/emprestimos consignados de seus recursos e priorizar o enfrentamento ao déficit habitacional. “Temos tido um volume de saída nos últimos tempos que poderia custear milhares de casas e apartamentos todos os anos, o suficiente para iniciar a ampliação da oferta de moradias dignas às famílias que necessitam e desejam acessar crédito”, comentou.
Além disso, Renato Correia lembrou a importância de o Brasil ampliar a formalização da mão de obra e o desenvolvimento dos seus trabalhadores, a fim de melhorar a renda média do brasileiro, assim como defender um ambiente sadio de negócios. “É importante buscarmos cada vez mais termos um mercado consumidor forte e uma maior credibilidade em geral, por meio da segurança jurídica e estabilidade econômica, com previsibilidade para a tomada de riscos”, resumiu.
Ele ainda concordou com a necessidade de aprimoramento de alternativas ao FGTS e ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), como fundos imobiliários e letras de crédito específicas, diante da necessidade de expansão do mercado, a fim de ampliar a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) como ocorre em outros países como Estados Unidos da América e Reino Unido.
Moderado pelo diretor executivo do Secovi-SP e vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC, Ely Wertheim, o painel ‘Crédito imobiliário: perspectivas do mercado’ também contou com a participação do presidente da Abrainc, Luiz França; do superintendente Comercial de Crédito Imobiliário do Itaú; e do diretor de Negócios Imobiliários do Santander, Sandro Gamba.
Ao longo de uma década, o Conecta Imobi vem se consolidando como o maior ponto de encontro dos profissionais do mercado imobiliário da América Latina. Com o tema ‘De Geração para Geração’, a edição deste ano destaca as últimas tendências e inovações do setor, por meio de capacitação acessível, relevante e com conteúdo personalizado. O evento acontece nos dias 11 e 12 de setembro, em São Paulo, e deve reunir cerca de 6 mil pessoas.
O vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo OLX, Marcelo Dadian, afirmou que essa edição evidencia as transformações que o mercado imobiliário passou na última década, como as mudanças nas preferências dos consumidores, as novas tecnologias que passaram a integrar o dia a dia dos profissionais e o impacto da sustentabilidade no segmento. Ele ainda salienta os benefícios para os participantes e a importância do mix de gerações. “A transição entre gerações no mercado imobiliário é fundamental para garantir a longevidade e o sucesso das empresas, enquanto se adaptam às mudanças e mantêm sua relevância no mercado”, frisou durante a abertura do evento
