As recentes altas no preço dos imóveis têm dificultado o desejo de potenciais compradores. Entre os que pretendem realizar o sonho da casa própria nos próximos três meses, 68% avaliam que os valores atuais do mercado estão "altos ou muito altos".
O número referente ao segundo trimestre é 9 pontos percentuais superior ao revelado há um ano e atingiu o maior patamar para o período desde 2016, de acordo com o Raio-X FipeZap do mercado imobiliário, divulgado nesta sexta-feira (20).
No mesmo período, o volume daqueles que consideravam que os preços estavam em "um nível razoável" recuou de 30% para 24%, enquanto o percentual que avalia os valores atuais como "baixos ou muito baixos" apresentou ligeira queda, de 5% para 4%.
A mesma sinalização é observada entre os proprietários. Para eles, a percepção de que o preço dos imóveis está elevado saltou de 50% para 61%. Ao mesmo tempo, os que veem os valores com razoáveis caiu de 30% para 25% e os que avaliam os preços como baixos passou de 14% para 9%.
Expectativas
O levantamento traz ainda a expectativa para a evolução dos preços. Para os potenciais compradores, um terço (33%) vê os preços ainda mais caros no curto prazo. A manutenção dos valores atuais é citada por 29% e 12% apostam em uma queda. Os demais 25% não souberam opinar a respeito.
Já entre os que adquiriam um imóvel próprio nos últimos 12 meses, 73% projetam para uma valorização, 21% apostam na estabilidade e apenas 0,5% manifestaram uma expectativa de queda.
Questionados sobre a variação esperada para os próximos 12 meses, a expectativa de maior alta é esperada justamente pelos que adquiriram imóveis recentemente (+8,1%), seguidos dos proprietários (+3,4%) e dos compradores potenciais (+1,3%).
No longo prazo (período de 10 anos), quase metade dos entrevistados (45%) observam que o preço dos imóveis vai subir além da inflação. Para 28%, a variação será semelhante ao índice oficial de preços e apenas 10% estimam uma perda real no valor dos empreendimentos.