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12/11/2015

Queda em preço de imóveis em um ano favorece compra de usado

De acordo com a análise do especialista, além da queda real de preços (considerando a inflação), como o crédito imobiliário está mais caro e restrito, comprar ou trocar de imóvel agora pode ser uma boa alternativa.

Segundo pesquisa divulgada na última semana pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o preço dos imóveis subiu menos que a inflação entre novembro de 2014 e outubro de 2015. A queda foi de 7% e já é a 10ª vez consecutiva que a variação do índice foi inferior à inflação na mesma base de comparação.

No acumulado do ano, os preços dos imóveis pelo índice FipeZap - que acompanha os valores em 20 cidades - subiram 2,16%, enquanto a inflação esperada para o período, de acordo com o IPCA, é de 9,89%. O indicador registrou queda de preço em oito das 20 cidades pesquisadas: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Florianópolis, Niterói e Contagem. Na avaliação do diretor-executivo da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) no Rio de Janeiro, Sérgio Rodrigo Campos Monteiro, este cenário pode sinaliza que pode ser um bom momento para adquirir um imóvel.

De acordo com a análise do especialista, além da queda real de preços (considerando a inflação), como o crédito imobiliário está mais caro e restrito, comprar ou trocar de imóvel agora pode ser uma boa alternativa.

- Especialmente para quem pode pagar pelo menos a metade do valor a vista - completa Sérgio Monteiro.

Embora a expectativa para o próximo ano ainda seja de queda no preço real, os vendedores têm concedido descontos extras, fazendo com que o preço fique abaixo da avaliação do mercado, como observa o diretor-executivo da ABMH.

- Além disso, como existem várias unidades à venda, o comprador tem maior poder de escolha, podendo optar por uma unidade que vá lhe trazer maior comodidade e conforto - acrescenta.

Sérgio Monteiro acrescenta outras vantagens em se optar agora pelo imóvel usado.

- Como a Caixa Econômica Federal (que detém 67,7% da carteira de financiamentos imobiliários no Brasil) reduziu o percentual máximo de financiamento de imóveis usados (para 50% no Sistema Financeiro da Habitação - SFH e 40% no Sistema Financeiro Imobiliário - SFI), optar por uma unidade que não seja nova pode ser uma boa opção, desde que se tome alguns cuidados.

No que se refere à entrada, é bom lembrar que o pagamento pode ser feito utilizando o imóvel que o comprador já possui, usando o FGTS ou com recursos próprios.

- Observadas estas considerações, é importante ressaltar que a compra de um imóvel, em geral, não representa somente um investimento financeiro, pois se trata da moradia de uma família; isso também precisa ser levado em consideração. Além disso, o imóvel é um investimento sólido, que, a longo prazo, sempre se valoriza e que pode ser vendido ou alugado a qualquer momento. 

 

FONTE: MONITOR MERCANTIL