Clientes que recorreram à portabilidade ou à renegociação dos financiamentos dos imóveis com os bancos em 2019 conseguiram reduzir os juros das operações, informou hoje o BC (Banco Central).
Os dados do BC mostram que 79,1% dos contratos em que ocorreu a portabilidade foram assinados entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro de 2017, período que apresenta as maiores taxas de juros nas operações de crédito imobiliário.
Por meio da portabilidade, o cliente troca o banco com quem tem um contrato para financiar o imóvel. Nos 4.610 pedidos de troca concluídos, a mediana da taxa de juros praticadas foi de 7,71%, uma queda de 2,99 pontos percentuais em relação às taxas originais.
Outros 1.340 iniciaram o pedido de portabilidade, mas não concluíram porque os bancos reduziram os juros a partir de renegociações. Nesses casos, a mediana das taxas passou para 7,9%.
Novas regras para portabilidade
Mais 28 mil contratos foram renegociados espontaneamente pelos bancos em que os clientes tinham contratos de financiamento do imóvel. Nesses casos, a mediana dos juros chegou a 8%.
"A principal conclusão desta análise é que as taxas de juros repactuadas em contratos portados ou renegociados fora do escopo da portabilidade são compatíveis com os juros dos novos contratos realizados em taxas de mercado, que estão em trajetória de redução e cuja média no final de 2019 era de 7,99% ao ano", informou o BC.
Em abril, começaram a valer novas regras para a portabilidade do crédito imobiliário. Quem tem um financiamento pelo SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), no qual as taxas de juros cobradas pelos bancos são livres, pode transferir o contrato para o SFH (Sistema Financeiro da Habitação), no qual as taxas são mais baixas