As mudanças aprovadas pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o Minha Casa, Minha Vida hoje fazem parte da reformulação do programa que está sendo feita para atender as menores rendas e deve dar perspectiva de lançamentos para o mercado, afirma a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães. Segundo ela, a ideia é que a operação com as novas regras comece em 17 de julho.
Ontem, o conselho curador aprovou novos patamares de juros, subsídio e de teto para valores dos imóveis enquadrados no programa habitacional.
Segundo Magalhães, com as mudanças no FGTS, serão melhores as condições de acesso das famílias de formas mais sustentáveis aos financiamentos com o fundo. Houve aumento do subsídio de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil para famílias com renda de até R$ 4,4 mil. Além disso, houve redução da taxa de juros para renda de até R$ 2 mil, de 4,25% para 4,00%, no Norte e Nordeste e de 4,50% para 4,25% nas demais regiões. Além disso, agora o prazo pode chegar a até 420 meses.
"A mudança na curva de subsídios é para conseguir chegar a famílias de renda até R$ 2.600. Com a melhora das condições de taxas de juros, se aumenta a capacidade de pagamento das famílias, e o prazo de 420 meses permite maior esforço para que a prestação caiba no bolso", disse ao Broadcast.
Em relação ao aumento do teto do valor do imóvel para a faixa 3 do programa, para R$ 350 mil, Magalhães avaliou que não deve afetar a disponibilidade do fundo. "Em que pese todas as questões que foram incorporadas no fundo, todos os saques, o fundo é muito saudável", disse em referência às permissões de saques extraordinários nos últimos anos. "Hoje, a gente pode atender pelo FGTS, considerando que a poupança tem hoje um volume de recursos menor. É aderente a uma estratégia de não ter uma lacuna no atendimento entre um funding e outro."