O mercado imobiliário da região de Campinas (SP) concentra a maior oferta de novas unidades de "padrão econômico" do estado de São Paulo, voltado para famílias que buscam a moradia própria. É o que aponta o levantamento apresentado pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) nesta quarta-feira (24), com dados sobre o quarto e último trimestre de 2022.
A região de Campinas, que considera além da metrópole as cidades de Hortolândia, Indaiatuba, Sumaré e Valinhos, lançou 1.516 unidades do chamado padrão econômico no período, à frente das regiões de Sorocaba (1.236) e Região Metropolitana de São Paulo (1.044).
Imóveis padrão econômico lançados em SP - 4º trimestre de 2022
Segundo Kelma Camargo, diretora regional do Secovi-SP, o chamado "padrão econômico" engloba imóveis que contam com linhas de financiamento mais acessíveis e subsídios de programas do governo federal.
O valor médio desses imóveis na região de Campinas fica em R$ 231 mil, um pouco acima da média estadual, de R$ 218,9 mil. Já a área construída/privativa é, em média, de 47 metros quadrados.
Oferta
Considerando além das unidades lançadas, seja ela de padrão econômico (1.516), como dos demais padrões (977), a região de Campinas fechou o quatro trimestre com 35.356 ofertas em construções verticais residenciais, atrás apenas da Região Metropolitana de São Paulo, com 49.481 unidades.
Desse total, 78,3% são imóveis com 1 dormitório (1.996 unidades) ou 2 dormitórios (25.704). No recorte geral, o valor médio dos imóveis em Campinas sobe para R$ 448,3 mil, acima dos 415,3 mil da média estadual, e a metragem ficam em 60 m².
Expectativa
Segundo Kelma Camargo, os números mostram que o mercado imobiliário segue crescendo, e há grande expectativa pelos números do primeiro trimestre de 2023, especialmente em Campinas, onde houve um crescimento em construções também de alto padrão em regiões como Cambuí, Nova Campinas e Paineiras.
Durante a fase mais aguda de restrições da pandemia de Covid-19, o mercado de imóveis mais caros, com áreas de lazer, por exemplo, cresceu na região, principalmente com a migração de muitos profissionais da capital.
"Foi uma tendência, as pessoas ficaram represadas e investiram economias que seriam para viagens ou troca de carros em melhores imóveis. E quem aprende a morar bem, sempre quer morar bem. Temos vistos muitos empreendimentos de alto padrão em Campinas. Acredito que teremos bons números sobre o primeiro trimestre de 2023", projeta.