Hoje (14) é o último dia para pequenos investidores reservarem ações da Plano & Plano antes da estreia na bolsa, prevista para a próxima quinta-feira (17), com o código "PLPL3". A companhia é uma incorporadora e construtora que atua no segmento de baixa renda e é mais uma subsidiária da Cyrela a abrir capital, além da Cury e da Lavvi.
A empresa é uma das maiores incorporadoras da região metropolitana de São Paulo. A Plano & Plano começou em 1997, focada em empreendimentos imobiliários de médio e alto padrão, mas depois se concentrou na incorporação e na construção de empreendimentos enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida.
Em 2019, a companhia realizou 20 lançamentos, correspondente a 7.035 unidades, que totalizaram R$ 1.229 milhões de Valor Geral de Vendas (VGV). O VGV da incorporadora cresce ano a ano desde 2017.
A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) é primária, quando são emitidas novas ações e o dinheiro vai para o caixa da empresa, e secundária, quando são emitidos papéis já existentes e os recursos vão para o bolso dos acionistas.
Com o dinheiro captado na oferta primária, a empresa pretende ter mais capital de giro e comprar terrenos. Já os recursos captados na oferta secundária vão para a Cyrela e para os acionistas vendedores Rodrigo Uchoa Luna e Rodrigo Fairbanks von Uhlendorff.
Para fazer a reserva de ações da construtora, basta avisar a corretora sobre quantos papéis o investidor gostaria de comprar no IPO. O valor mínimo para participar da primeira venda de ações da Plano & Plano é de R$ 3 mil, e o máximo, de R$ 1 milhão. A vantagem de investir antes da estreia da empresa na bolsa é a chance de conseguir um preço mais barato pelo papel.
A companhia estabeleceu o intervalo indicativo de preço por ação entre R$ 11,75 e R$ 15,25. O valor será fixado na próxima terça-feira (15). Nas ofertas de ações, as empresas e os bancos coordenadores testam uma faixa de preço. Se a venda aconteceu no valor mais alto, significa que a demanda pelos papéis foi grande. Já se a venda aconteceu no valor mais baixo, significa que a demanda pelos papéis foi pequena.
Serão ofertadas inicialmente 4,2 milhões de ações na oferta primária e 59,5 milhões de ações na oferta secundária. Considerando o preço médio de R$ 13,50 por ação, o IPO pode movimentar R$ 861,7 milhões.
Poderá ainda ser ofertado um lote adicional de R$ 12,7 milhões de ações emitidas pela incorporadora e pelos acionistas vendedores, além de um lote suplementar de 9,5 milhões de papéis, também emitidos pela empresa e pelos acionistas vendedores. Considerando o preço médio por ação e os lotes adicional e suplementar, o IPO pode movimentar R$ 1,1 bilhão.
No mínimo 10% e no máximo 20% do total das ações, desde que haja demanda, será destinado prioritariamente a investidores de varejo. Caso não haja demanda suficiente para comprar todas as ações da oferta base, a oferta será cancelada, assim como os pedidos de reserva, e os valores depositados pelos investidores serão devolvidos.
A oferta será coordenada pelas instituições financeiras Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI, Morgan Stanley e Caixa.