Os saques da caderneta de poupança diminuíram de ritmo no mês passado. Dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC) mostram que as retiradas superaram os depósitos em R$ 1,670 bilhão no mês de fevereiro.
O saldo negativo é 84,4% menor que o visto em janeiro e 74,8% inferior ao acumulado em fevereiro de 2015. No mês passado, de acordo com o BC, o total de aplicações foi de R$ 146,414 bilhões e o acumulado de saques alcançou R$ 148,084 bilhões no mês. O estoque do investimento na poupança está em R$ 660,650 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,753 bilhões relativos aos depósitos antigos.
Tradicionalmente, os dois primeiros meses do ano não costumam ser favoráveis às captações da poupança. Isso ocorre porque boa parte da renda das famílias é direcionada às despesas de início de ano, como o pagamento de matrículas escolares e IPTU.
No acumulado de 2017, a poupança registra saques líquidos de R$ 12,405 bilhões, resultado de aportes de R$ 312,534 bilhões e retiradas de R$ 324,940 bilhões. Em 2015, em meio à crise R$ 40,702 bilhões saíram da poupança.
Crise - Desde o início da recessão, em 2015, os investidores têm retirado dinheiro da caderneta para cobrir dívidas num cenário de queda da renda e de alta do desemprego. Em 2015, R$ 53,5 bilhões deixaram a poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.