As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo têm os bairros com o metro quadrado mais caro do país. Dos dez lugares com os valores mais altos, oito deles estão situados nos dois municípios.
E o Leblon, na zona sul da capital fluminense, é o local mais caro para morar Brasil, segundo levantamento produzido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo ZAP+, braço imobiliário da OLX Brasil.
O metro quadrado na região chega a custar R$ 21.618 e um apartamento de 100 metros quadrados é negociado a R$ 2,16 milhões, por exemplo. Na sequência, aparecem os vizinhos Ipanema e Lagoa. Nestes dois lugares é necessário desembolsar, respectivamente, R$ 19.306 e R$ 16.536 por metro quadrado.
O Itaim Bibi, em São Paulo, é o quarto colocado, com o preço do metro quadrado a R$ 15.825. Em seguida, estão Pinheiros, Jardins e Moema, também na capital paulista, e Botafogo, no Rio.
De acordo com Alison Oliveira, coordenador do Índice FipeZap, a atividade econômica e o mercado desses lugares são mais desenvolvidos, o que contribui para a elevação do preço. Oliveira ressalta que o motivo da busca da população nesses dois locais é estratégico, pelo fato de ter uma vista bonita ou ser perto do local de trabalho.
“Rio de Janeiro e São Paulo são as maiores cidades do país. Quando olhamos para a cidade fluminense, existe uma questão geográfica que influencia no preço. A Zona Sul do Rio chama mais atenção por ser localizado na orla, então existe uma oferta restrita e é provável que esse fator limite essa oferta. Já em São Paulo, os bairros da pesquisa são os que tem a concentração grande de emprego. As pessoas querem morar perto do lugar de trabalho pela praticidade”, enfatiza.
Os bairros Savassi e Santo Agostinho, em Belo Horizonte, fecham o ranking dos 10 bairros mais caros do Brasil. Quem deseja adquirir um endereço nos pontos mais caros da capital mineira, precisa investir pelo menos R$ 12 mil por metro quadrado.
Preço médio mais caro fica em Santa Catarina
Apesar de Rio e São Paulo concentrarem os bairros mais caros do Brasil, média de preço nacional para a venda de imóveis ficou com Santa Catarina, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e ZAP+, braço imobiliário da OLX Brasil. Em Balneário Camboriú, no litoral norte catarinense, a venda sai a R$ 9.991 por metro quadrado.
Segundo Oliveira, o bairro localizado no Sul do Brasil teve uma obra que ajudou a expandir o distrito. Com isso, ele observa que esse fator contribuiu para a valorização dos imóveis e pelo aumento da demanda.
“Balneário Camboriú é uma cidade litorânea, tem praia e a maioria dos imóveis que são comercializados, se localizam na orla. Os prédios são grandes e existe um padrão elevado de construção. Sabemos que tudo, na verdade, é uma questão de oferta. Não analisamos afundo cada uma das 50 cidades, mas quando falamos de preço, é um mix: o tipo de imóvel e o balanço entre oferta e demanda”, afirma Oliveira.
São Paulo preenche o segundo lugar, com o metro quadrado a R$ 9.882. A capital fluminense ocupa apenas a terceira posição no preço médio de venda de imóveis, com R$ 9.729/m³.
Aluguéis mais caros também estão no estado de São Paulo
Em relação a aluguel residencial, o estado de São Paulo tem as cidades com os dois maiores valores do Brasil. Barueri, na região Metropolitana, é o município com maior preço médio de locação, onde o metro quadrado chega a custar R$ 44,38. A capital paulista aparece em seguida, com o preço de R$41,34, e Recife, capital de Pernambuco, fica em terceiro, com o valor de R$ 38,11.
O Rio de Janeiro aparece apenas na sexta posição, com o valor de R$ 34,16 pelo metro quadrado, próximo da média do país, que é de R$ 33,34.
Na locação comercial, São Paulo e Rio de Janeiro são as únicas capitais com valores acima da média: R$ 46,35 e 39,47, respectivamente. A média é de R$ 38,92
Matéria publicada em 30/11/2022