A ocupação dos escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro e de São Paulo, utilizada como termômetro do mercado corporativo das capitais, encerrou o primeiro trimestre de 2022 com índices positivos para o setor: aumento das áreas entregues às empresas, acima do número de devoluções, e diminuição das taxas de vacância desses espaços.
De acordo com dados inéditos da consultoria imobiliária Binswanger Brazil, entre os escritórios disponíveis na capital paulista, a absorção líquida foi de 43 mil m² entre janeiro e março. O resultado foi impulsionado, sobretudo, pela região da Faria Lima.
O resultado indica movimento no sentido oposto ao do ano passado, que teve saldo negativo de 59,6 mil m² em relação a esse mesmo índice (a diferença entre ocupações e desocupações). O trimestre anterior, entre outubro e dezembro, já havia indicado reação, com 41,5 mil m² absorvidos. A vacância recuou de 24,4% naquele período para 23,9% agora.
Já entre as empresas cariocas, a absorção líquida foi de 12,8 mil m² ante dois resultados negativos anteriores: o terceiro e o quarto trimestre de 2021 haviam registrado “déficit” de 43,3 mil m² e 37,1 mil m², respectivamente, segundo a Binswanger Brazil. As regiões da Barra da Tijuca e do Centro lideraram as novas ocupações.
Ainda no Rio, a vacância também recuou: saiu de 41,8% entre outubro e dezembro e passou para 41% até março.
Matéria publicada em 22/04/2022