A incorporadora RNI, especializada em projetos econômicos e de médio padrão no interior do país, terminou o quarto trimestre com crescimento de 207% no lucro líquido, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram R$ 10,6 milhões. A companhia divulgou seu balanço há pouco.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado alcançou R$ 28,6 milhões, crescimento de 76% em um ano. A margem do Ebitda ajustado ficou em 16,2%, leve alta de 0,7 ponto percentual.
A receita líquida da companhia subiu 4% entre os últimos trimestres de 2021 e de 2022, para R$ 176,5 milhões. A margem bruta ajustada foi de 30,3%, alta de 3,1 pontos percentuais.
No acumulado do ano passado, a RNI elevou seu lucro líquido em 113%, para R$ 31,7 milhões. Esse valor supera os lucros líquidos de 2019, 2020 e 2021 somados.
O Ebitda ajustado teve alta semelhante, de 114%, para R$ 78,3 milhões, com margem do Ebitda ajustado em 11,8% (4 pontos percentuais acima de 2021).
A receita líquida somou R$ 667 milhões, aumento de 41% no ano. Foi o maior valor já registrado pela empresa. A margem bruta ajustada ficou em 29,1%, pequeno aumento de 0,8 ponto percentual.
A companhia encerrou o ano com dívida líquida de R$ 575,5 milhões, 23% mais do que em 2021. A relação entre dívida e patrimônio líquido foi de 87%, alta de 13,8 pontos percentuais.
A RNI atingiu R$ 673,4 milhões em vendas líquidas no ano, contando apenas a sua participação nos projetos, alta de 21%. Os lançamentos somaram 729,5 milhões em VGV, crescimento de 12% no ano.
Carlos Bianconi, presidente da RNI, afirma que o ritmo de vendas do primeiro trimestre deste ano tem se mantido estável em relação ao final de 2022. A companhia ainda deve realizar lançamento no período, mas está acompanhando a movimentação do mercado para “não superofertar”.
Segundo ele, há duas possibilidades para a incorporadora neste ano: manter o patamar de lançamentos do ano passado ou subir para pouco mais de R$ 1 bilhão. “Estamos preparados para isso também, desde que se consiga manter os pilares de rentabilidade”, afirma.
A RNI elevou o preço de venda das unidades enquadradas no Casa Verde e Amarela, atual Minha Casa, Minha Vida, em 11% ao longo de 2022, para R$ 194 mil. Já nos lançamentos, e incluindo as unidades de médio-padrão, do SBPE, o preço médio ficou estável, em R$ 233 mil, queda de 2% no ano.
Para 2023, a RNI almeja elevar os preços em pouco mais de 5%, que é o aumento que projetam para o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) no período. “Se continuarmos com busca forte de preço, vamos tirar muitas famílias do negócio”, diz Bianconi.
