A cidade de Itajaí, no litoral de Santa Catarina, ultrapassou São Paulo (SP) e agora ostenta o 5º metro quadrado mais caro do Brasil, de acordo com o Índice FipeZAP de Venda Residencial, divulgado pelo DataZAP. Com o m² médio avaliado em R$ 10.814, o município registrou uma valorização de 12,15% nos últimos 12 meses e corrobora o cenário positivo para a incorporação no estado catarinense.
“A valorização de Itajaí faz parte da conjuntura da valorização do litoral de Santa Catarina, um fenômeno que foi catalisado pela pandemia. As cidades da região tendem a oferecer boa infraestrutura, são próximas da natureza e a atraem quem procura ‘qualidade de vida’”, alega Pedro Tenório, economista do DataZAP.
Ele argumenta, entretanto, que o recorte da pesquisa também ajuda a influenciar o valor dos imóveis. “Apesar dos municípios do litoral catarinense não serem pequenos, eles são menores do que a média dos demais municípios acompanhados no estudo. Ainda mais quando se considera a configuração espacial concentrada dos apartamentos nesses municípios, o que torna os movimentos de valorização mais intensos”, explica.
Fato é que Santa Catarina possui agora 4 das 5 cidades mais caras do País para comprar um imóvel, segundo o índice. A liderança permanece ocupada por Balneário Camboriú, onde o preço do m² custa, em média, R$ 12.903. Itapema (SC) e Florianópolis (SC) são os outros municípios catarinenses no top 5.
A única “intrusa” é Vitória (ES), que registrou uma valorização de 8,86% nos últimos 12 meses e agora tem o metro quadrado avaliado em mais de R$ 11 mil. Pedro entende que cidade passa por algo semelhante ao observado no litoral catarinense. “A pandemia e seus impactos catalisaram um redescobrimento do mercado nos municípios de Vitória e Maceió, que exibem características similares em suas regiões mais verticalizadas: infraestrutura e apelo à procurada ‘“qualidade de vida”’, observa.
No entanto, tem outra cidade do estado catarinense que vivencia um bom momento: São José (SC) registrou uma valorização de 17,94% nos últimos 12 meses.
“A trajetória de aceleração do crescimento de preços de São José é síncrona à de Florianópolis, mas com menor desaceleração de 2022 para cá. Como o litoral catarinense ainda apresenta taxas de crescimento de preço superiores à média nacional e diversos municípios, em especial São José, é provável que vejamos São José subir algumas posições ao decorrer do ano”, entende o economista.