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28/04/2020

Santander Brasil tem lucro de R$ 3,853 bi no 1º tri, alta anual de 10,5%

Resultado gerencial veio levemente acima das projeções de analistas, que apontavam ganho de R$ 3,820 bi

O Santander Brasil obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,853 bilhões no primeiro trimestre de 2020, o que representa alta de 10,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior e de 3,4% ante o trimestre imediatamente anterior.

O resultado veio levemente acima das projeções dos analistas, que apontavam um ganho de R$ 3,820 bilhões.

            O lucro societário do Santander ficou em R$ 3,774 bilhões entre janeiro e março, com aumento de 10,5% ante igual intervalo de 2019.

O terceiro maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 12,655 bilhões no primeiro trimestre, o que representa alta de 0,4% em relação ao último trimestre de 2019 e avanço de 12,1% na comparação anual.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 3,424 bilhões, com alta de 14,8% ante o trimestre anterior e de 19,2% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 4,482 bilhões, com queda anual de 1,0%. A retração na margem foi de 6,7%.

As despesas gerais totalizaram R$ 5,293 bilhões, com alta de 3,7% no ano e queda de 6,8% na margem.

Margem financeira bruta

O Santander Brasil informou que sua margem financeira bruta foi de R$ 12,655 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 0,4% em relação ao quarto trimestre. Em 12 meses, a margem aumentou 12,1%.

Da margem total, R$ 10,833 bilhões são da margem com clientes e R$ 1,823 bilhão com mercado. O spread de crédito do Santander ficou em 11,3% no primeiro trimestre, de 11,7% no quarto e 12,7% no mesmo período do ano passado.

Segundo o banco, as receitas oriundas das operações com clientes aumentaram 4,9% no ano, movimento atribuído ao crescimento da margem de produtos, em função de maiores volumes e mix, mesmo com a redução de spreads.


“O resultado de capital de giro próprio caiu em função da redução da taxa básica de juros no período. Em três meses, a margem com clientes reduziu 0,5%, decorrente da menor receita de capital de giro próprio e de margem de produtos, impactada pelos spreads e composição do mix.”

A margem com mercado, que considera o resultado obtido com operações de mercado, incluindo trading e gestão de ativos e passivos, cresceu 90,5% em doze mesese 6,1% em três meses, em função dos maiores ganhos de atividades com o mercado.

Carteira de crédito ampliada

O Santander Brasil fechou o primeiro trimestre deste ano com R$ 463,393 bilhões em sua carteira de crédito ampliada, que inclui empréstimos, financiamentos, avais, garantias e outras operações com risco de crédito. O volume cresceu 7,1% em relação a dezembro e 19,8% frente a março de 2019.

As operações com grandes empresas deram um salto, chegando a R$ 117,954 bilhões no fim de março. O estoque aumentou 20,4% em três meses e 34,9% em um ano. De acordo com o Santander, o crescimento está relacionado ao atual cenário e à variação cambial no período.

A carteira de pequenas e médias empresas somava R$ 44,106 bilhões, com alta de 9% no trimestre e de 24,9% em um ano. “Nesse segmento também observamos maior procura por liquidez em função da pandemia”, afirmou o banco no relatório que acompanha as demonstrações financeiras.

No total, a carteira de pessoa jurídica estava em R$ 162,059 bilhões no fim do primeiro trimestre, com avanço de 17% sobre dezembro e de 32% em relação a março do ano passado. Repasses e crédito imobiliário recuaram nos dois períodos, enquanto as demais linhas cresceram - com destaque para capital de giro e comércio exterior.

No crédito a pessoa física, a carteira do Santander era de R$ 157,296 bilhões no fim de março deste ano, com alta de 1,3% no trimestre e de 15,2% num intervalo de 12 meses. Consignado e financiamento imobiliário foram os produtos de maior destaque.

O Santander também fechou o trimestre com R$ 59,132 bilhões na carteira do financiamento ao consumo, originada fora da rede de agências. Houve alta de 1,5% em relação a dezembro e de 15% frente a março do ano passado.

O banco registrou um leve aumento da inadimplência, que ficou em 3% em março, ante 2,9% em dezembro. Na comparação com março do ano passado, houve queda de 0,1 ponto percentual.

A inadimplência de pessoas físicas ficou em 4%, mesmo patamar de dezembro e levemente acima dos 3,9% apresentados no fim do primeiro trimestre do ano passado.

Na carteira de pessoas jurídicas, o índice de inadimplência saltou de 1,3% em dezembro para 1,6% em março, mas recuou na comparação com a taxa de 1,9% vista em março do ano passado.

“Nesse trimestre, nossos índices permaneceram em patamares controlados devido à nossa gestão preventiva de riscos, mas com novo cenário macroeconômico para os próximos trimestres”, afirmou o banco.

FONTE: VALOR ECONôMICO