Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 11,747 bilhões em maio, segundo divulgado nesta terça-feira pelo Banco Central (BC). Esta é a maior saída líquida para o mês da série histórica, calculada desde janeiro de 1995.
Em abril, a captação líquida - diferença entre entradas e saídas - foi negativa em R$ 6,252 bilhões, em março de R$ 6,088 bilhões e, em fevereiro, de R$ 11,515 bilhões. Em janeiro, a poupança havia registrado a maior a maior retirada líquida da série, com R$ 33,631 bilhões.
Dessa forma, a caderneta acumula saída líquida de R$ 69,232 bilhões no ano. No mês passado, os brasileiros depositaram R$ 330,199 bilhões e sacaram R$ 341,946 bilhões da poupança. Em maio do ano passado, a modalidade teve ingresso líquido de R$ 3,515 bilhões.
Em 2022 como um todo, a modalidade teve o maior resgate anual da série de R$ 103,237 bilhões. No período, houve entrada líquida apenas em maio e em dezembro, de R$ 6,259 bilhões.
Após uma série de resultados negativos, o saldo total da poupança continuou abaixo de R$ 1 trilhão em maio, totalizando R$ 961,489 bilhões. Em agosto de 2020, diante de desempenho significativamente positivo por vários meses seguidos em função da pandemia de covid-19, a caderneta superou a marca de R$ 1 trilhão e permaneceu no patamar até julho do ano passado.
O resultado de maio se somou ao rendimento de R$ 5,705 bilhões creditados no período. Além disso, no mês passado, os recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) registraram saque líquido de R$ 10,444 bilhões. No caso do crédito rural (SBPR), houve saída de R$ 1,303 bilhão.