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01/11/2022

Secovi/Luna: há expectativa para saber o que virá de novo para programa habitacional (Broadcast)

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Rodrigo Luna, afirmou que a valorização das ações das construtoras na Bolsa é um reflexo das expectativas de anúncio de novas medidas de apoio do governo Lula ao setor

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Rodrigo Luna, afirmou que a valorização das ações das construtoras na Bolsa é um reflexo das expectativas de anúncio de novas medidas de apoio do governo Lula ao setor.

 

Luna lembrou que o Casa Verde e Amarela - originalmente chamado de Minha Casa Minha Vida - foi criado durante a gestão do petista. Com o seu retorno ao poder, são esperadas medidas para complementar a política habitacional vigente.

 

"O Casa Verde e Amarela, antes chamado de Minha Casa Minha Vida, saiu do governo Lula,

Então, tem uma expectativa para saber o que virá de novo para complementar o que está sendo feito hoje", disse Luna, em entrevista ao Broadcast.

 

Ele ponderou, entretanto, que não se sabe ainda qual a agenda do novo governo para a área da habitação. "Não conhecemos com profundidade as novas propostas do presidente Lula. Esse é o trabalho agora: entender a prioridade, o que será feito para desenvolver uma maior produção imobiliária".

 

O presidente do Secovi-SP reforçou que o setor defende a adoção de medidas de estímulo desde que a aplicação dos recursos ocorra de modo perene. "Queremos um programa que dure 20 anos, não que dure 2", frisou. Ele lembrou que a antiga faixa 1, por exemplo, acabou interrompida por falta de verba.

 

Durante a corrida presidencial, o Secovi-SP encaminhou a todos os candidatos uma carta com propostas para o setor da habitação. Entre eles, foi feita a sugestão de criação de uma política de incentivos para a construção de edifícios residenciais destinados à locação para pessoas de menor renda (em complemento à venda dos imóveis, como acontece no Casa Verde e Amarela). Essa é uma bandeira antiga do sindicato patronal.

 

"Batemos nessa tecla há muito tempo. Isso pode, em parte, resolver a questão de ofertar novas unidades de habitação de interesse social sem, necessariamente, investimentos pesados do poder público", explicou.

 

Questionado sobre os principais fatores de risco à vista no próximo governo, Luna minimizou impactos relevantes. O fato de Lula ainda não ter anunciado sua equipe ministerial é vista com naturalidade. "Esse é um trabalho de todo presidente eleito. Acreditamos que o presidente Lula vai se concentrar nesse caminho agora".

 

Sobre a governabilidade do petista diante de um Congresso com maioria de parlamentares à direita, Luna também disse não ver problemas. "O congresso, no fim do dia, vai buscar o desenvolvimento do País. Para propostas boas e racionais, tenho certeza de que o Congresso vai ter o bom senso para dar o encaminhamento da forma adequada".

 

Luna defendeu ainda que haja pacificação do Brasil após a disputa acirrada até aqui. "Como sociedade, precisamos pacificar os debates. O período eleitoral foi muito acirrado, tanto pelo perfil dos candidatos quanto pelo uso das mídias sociais. Agora precisamos de união. Obviamente, precisamos ser críticos e fiscalizar esses avanços, mas de forma harmônica", disse Luna.

 

Matéria publicada em 31/10/2022

FONTE: ESTADãO BROADCAST