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14/12/2022

Secovi/Petrucci: mercado imobiliário na cidade de SP em 2023 deve ser parecido com o de 2022 (Estadão Broadcast)

O Sindicato da Habitação (Secovi-SP) anunciou hoje a expectativa de que os lançamentos e as vendas de imóveis na capital paulista em 2023 fiquem em níveis parecidos com os de 2022

O Sindicato da Habitação (Secovi-SP) anunciou hoje a expectativa de que os lançamentos e as vendas de imóveis na capital paulista em 2023 fiquem em níveis parecidos com os de 2022. Isso, porém, vai depender do comportamento da economia brasileira, ponderaram membros do sindicato, em apresentação à imprensa realizada há pouco.

 

"Achamos que 2023 poderá ter tudo para ser parecido com 2022, e acreditamos que o mercado imobiliário poderá seguir funcionando relativamente bem", disse o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. "Mas dependeremos de como se comportarão a economia e as decisões de governo", ponderou.

 

Petrucci frisou que a previsão de estabilidade do mercado imobiliário nos níveis atuais de lançamentos e vendas está atrelada à expectativa de redução da taxa básica de juros da economia (Selic) em meados do ano que vem, conforme consta no Boletim Focus, compilado pelo Banco Central a partir de consulta a economistas de mercado.

 

"O mercado imobiliário na cidade de São Paulo em 2023 deve ser parecido com o de 2022. Isso se o cenário permitir que a previsão de queda da Selic se confirme a partir do segundo semestre de 2023", alertou.

 

Após altas nas semanas anteriores refletindo os temores com a expansão fiscal planejada pelo governo eleito, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic no fim de 2023 em 11,75%. Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano.

 

O presidente do Secovi-SP, Rodrigo Luna, afirmou que a taxa básica de juros já exige atenção, com risco de pesar mais sobre a taxa dos financiamentos imobiliários. "Para 2023, o grande desafio será a velocidade de redução da taxa de juros", emendou.

 

Segundo Luna, as incertezas sobre os rumos do País também têm atrapalhado. "Tivemos um período eleitoral muito instável, o que trouxe muitas incertezas para o nosso mercado e reduziu a quantidade de lançamentos", destacou, lembrando que tanto compradores de imóveis quanto empresários da construção postergam decisões de fechar negócios diante de incertezas. "O mercado precisa de estabilidade fiscal, redução da taxa de juros e, principalmente, estabilidade política para que os investimentos possam acontecer". 

 

Matéria publicada em 13/12/2022 

Foto: CBIC

FONTE: ESTADãO BROADCAST