Chiara Quintão
O Secovi-SP, o Sindicato da Habitação, estima lançamentos e vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo, neste ano, em linha com os de 2015, mas o novo presidente da entidade, Flavio Amary, deixa claro que está muito difícil fazer projeções devido à "imprevisibilidade do país". "Pela lógica, existe tendência de estabilidade com viés de queda, mas se a situação política piorar, isso pode piorar muito", disse o ex-presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.
No ano passado, os lançamentos de imóveis residenciais novos caíram 36,7%, na capital paulista, para 21.445 unidades, menor patamar desde o início da série histórica em 2004. As vendas tiveram queda de 6,6%, para 20.148 unidades, conforme o Secovi-SP. Mas o que mais chama a atenção, na avaliação de Amary, é que o Valor Geral de Vendas (VGV) comercializado encolheu 22,8%, para R$ 9,86 bilhões.
Dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) divulgados pelo Secovi-SP apontam redução nominal de 8,33% do preço médio do metro quadrado lançado, para R$ 8,4 mil em 2015. Se considerada a inflação do período (INCC-DI/FGV), a queda real foi de 14,7%. Segundo o presidente do Secovi-SP, este é o melhor momento para quem pretende adquirir um imóvel. "O melhor momento é quando tem mais pessoas querendo vender do que comprar", disse Amary.
No fim de 2015, a oferta de unidades, na cidade de São Paulo, era de 27.055, volume próximo às 27.255 do fim de 2014 e 34% maior do que o volume comercializado no ano passado. Conforme Amary, apenas cerca de 10% do estoque se refere a unidades prontas.