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21/02/2019

Secovi-SP projeta alta de 10% nas vendas neste ano

O Secovi-SP projeta que o Valor Geral de Vendas (VGV) comercializado de imóveis residenciais novos tenha crescimento de 10%, neste ano, na cidade de São Paulo, chegando a R$ 15,8 bilhões

O Secovi-SP projeta que o Valor Geral de Vendas (VGV) comercializado de imóveis residenciais novos tenha crescimento de 10%, neste ano, na cidade de São Paulo, chegando a R$ 15,8 bilhões. A expansão se baseia na expectativa de alta de preços das unidades, pois se espera que o volume vendido fique estável, assim como o total de lançamentos.

Segundo o presidente do Secovi-SP, Basílio Jafet, a elevação dos preços resultará dos maiores custos de produção decorrentes do novo Plano Diretor, de outorgas e de mão de obras e materiais. "Os valores já aumentaram, efetivamente, em 2018", disse Jafet.

No ano passado, a média de preços por metro quadrado teve alta de 5,93%, na capital paulista, para R$ 9.085. O aumento no segmento econômico foi de 2,54%, enquanto nos demais chegou a 9,43%. O presidente do Secovi-SP ressaltou que, nos últimos anos, consumidores adiaram a compra de imóveis devido a fatores como a perspectiva de queda de preços, o que não ocorre mais.

"Os terrenos estão ficando mais caros e escassos", afirmou o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emílio Kallas. Segundo ele, o secretário municipal de Habitação, Fernando Chucre, está estudando mudanças propostas pelo setor para a Lei de Zoneamento, e a expectativa é que as alterações sejam aprovadas pela Câmara dos Vereadores até meados do ano.

Em 2018, as vendas de imóveis residenciais novos aumentaram 27%, para 29.929 unidades, superando a média histórica de 27.600 unidades comercializadas por ano. Já os lançamentos cresceram 4,4%, para 32.762 unidades, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudo de Patrimônio (Embraesp) divulgados pelo Secovi-SP. O volume lançado também ficou superior à média histórica anual da capital paulista, que era de 30 mil unidades por ano.

"Imaginávamos que o ano fosse medíocre, mas foi razoável" afirma Jafet. Segundo ele, o desempenho do setor foi bom até maio, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros e piorou até o terceiro trimestre em função das incertezas. "Em outubro, a situação se definiu, para o bem ou para o mal, com a escolha de um presidente", disse o presidente do Secovi-SP. De acordo com Jafet, as expectativas do setor são "boas" desde que haja reforma da Previdência. "O mercado imobiliário amplifica as oscilações da economia. Precisamos também de calibragem da Lei de Zoneamento", disse o representante setorial.

FONTE: VALOR ECONôMICO