As vendas em junho atingiram 2.984 unidades. Esse montante foi 24,1% maior que em maio e 56% abaixo do mesmo mês do ano passado. O montante também já está próximo da média de 3.195 unidades vendidas por mês entre janeiro e março deste ano, período imediatamente anterior ao início da quarentena.
Conforme mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em reportagem de 15 de julho, empresários e analistas já vinham percebendo uma reação do mercado imobiliário. Um dos motivos para a melhora está na queda nas taxas do financiamento, abrindo caminho para compra da moradia por mais pessoas e compensando, ao menos em parte, os efeitos negativos da crise.
“Apesar deste cenário desafiador, o mercado imobiliário apresentou crescimento no mês de junho em relação ao mês de maio, quando as vendas já tinham apresentado recuperação em relação a abril. A tendência de retomada da vida, dentro de um novo normal, está colaborando com esse comportamento”, afirmou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
Na visão do economista, existe margem para mais redução dos juros dos financiamentos imobiliários, o que daria um novo gás para o mercado. “Taxas de juros competitivas estimulam o aumento das operações de financiamentos, trazendo mais famílias para o crédito imobiliário”, ressaltou.
Por outro lado, a pesquisa do Secovi-SP evidenciou como a quarentena paralisou parte dos negócios do setor. Os projetos imobiliários lançados em junho somaram apenas 2.015 unidades. O montante foi 28,3% maior do que o registrado em maio, mas 79,9% abaixo do total de junho de 2019.
No acumulado de 12 meses até junho, os lançamentos totalizaram 54.740 unidades, 12,3% acima das 48.751 unidades lançadas no mesmo período do ano anterior.
Por fim, o estoque de imóveis novos (que considera moradias na planta, em obras e recém-entregues) chegou a 31.225 unidades no fim de junho, 3,7% inferior à registrada em maio, e 31,8% acima do volume de junho do ano passado.