Divergências nas discussões para a elaboração do programa habitacional que substituirá o Minha Casa, Minha Vida foram as causas da exoneração do secretário nacional de Habitação Celso Matsuda. A exoneração de Matsuda pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e a nomeação de Alfredo Eduardo dos Santos foram publicadas ontem no “Diário Oficial”.
Fontes do Planalto confirmaram ao Valor que a exoneração ocorreu em meio a divergências entre os ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional.
Há boa chance de que o novo programa não seja anunciado neste ano, como consequência das discussões entre representantes da Caixa, do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e dos ministérios do Desenvolvimento Regional e da Economia, de acordo com fonte. Outras exonerações poderão ocorrer decorrentes dos desentendimentos na formulação do novo programa habitacional.
Neste ano, o MCMV completou dez anos. Incorporadoras aguardam o anúncio do programa, que deverá ter novo nome e subsídios mais restritos. Há expectativa que o novo projeto inclua 500 mil unidades, considerando as faixas 1,5, 2 e 3. Levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apontou que o setor tem condições de produzir 1 milhão de moradias no ano que vem, incluindo essas 500 mil unidades.