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21/03/2024

Seguro habitacional cresce 13,4% em 2023 e arrecada R$ 6,4 bi, diz CNseg (Valor Econômico)

Mais de R$ 6,4 bilhões foram arrecadados pelo produto no ano passado

Por Sérgio Tauhata

 

Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostra que seguro Habitacional foi utilizado como garantia no financiamento de 994 mil imóveis residenciais em 2023. Mais de R$ 6,4 bilhões foram arrecadados pelo produto no ano passado, uma alta de 13,4%, se comparado a 2022.

 

De acordo com a entidade, o avanço em 2023 foi o mais expressivo desde o início da pandemia, em 2020, quando o produto arrecadou R$ 4,5 bilhões. Para Alexandre Leal, diretor técnico e de estudos da CNseg, pela natureza obrigatória da contratação, a alta na procura pelo produto é um sinal importante do aquecimento do mercado imobiliário.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito imobiliário encerrou 2023 com R$ 251 bilhões em concessões no país, número 4% maior que o de 2022. “Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pela queda da taxa básica de juros (Selic), que fechou o ano em 11,75%”, destacou Leal.

No Brasil, a contratação do seguro habitacional é obrigatória no financiamento de imóveis, funcionando como garantia para as operações de crédito imobiliário, tanto na aquisição quanto construção.

 

De acordo com o presidente da comissão de seguro habitacional da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Lincoln Peixoto, o produto traz sustentação ao crédito imobiliário, uma vez que, ao evitar o prejuízo com a inadimplência dos financiamentos, permite que as instituições financeiras ampliem a oferta. “O seguro Habitacional é uma garantia que protege, ao mesmo tempo, a família do mutuário, ao assegurar que ela permaneça com o imóvel na sua falta, por morte ou invalidez permanente, e a instituição financeira que tem a certeza de que uma eventual dívida será quitada", explica.

 

Em 2023, as seguradoras pagaram R$ 1,4 bilhão em indenizações com o produto. Beneficiários no Estado de São Paulo receberam R$ 245,3 milhões, enquanto em Minas Gerais o montante alcançou R$ 18,6 milhões e no Rio Grande do Sul, R$ 13,3 milhões.

FONTE: VALOR ECONôMICO