A manutenção da taxa básica Selic em 13,75% ao ano, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, mantém o crédito imobiliário pressionado, aponta a plataforma digital especializada em financiamento habitacional MelhorTaxa. Segundo o serviço, o empréstimo bancário para aquisição da casa própria alcançou uma taxa média de 10,07% em maio, mas o custo tende a continuar a subir, enquanto os juros seguirem no atual patamar.
Além disso, a instituições financeiras têm ficado mais exigentes nas novas concessões. “Como resultado dos recentes aumentos nas taxas de juros praticadas pelos bancos e a falta de recursos de algumas instituições financeiras para concessão de crédito, o cenário para quem deseja fechar um contrato de financiamento tem sido marcado por maior restrição e demora no processo de aprovação”, pontua a plataforma.
De acordo com Julien Desvergnes, cofundador da fintech, a renda mínima familiar necessária para financiar um imóvel de R$ 500 mil, no prazo de 360 meses (30 anos), alcança hoje R$ 15 mil mensais. A parcela inicial ficará em torno de R$ 4.500.
No caso de um imóvel de R$ 750 mil, a renda mínima sobe para R$ 22,5 mil, com a primeira parcela sendo de R$ 6,7 mil. Conforme o especialista, em setembro de 2021, quando a Selic estava em 6,25%, a renda familiar necessária era quase R$ 2 mil menor, de R$ 20,9 mil, para financiar uma residência de mesmo valor.