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14/06/2017

Setor continua demitindo pelo 31º mês seguido

Segundo o estudo, as únicas regiões a apresentarem dados positivos na geração de empregos no setor de construção foram o Centro-Oeste

Apesar de um ritmo de queda mais brando, de 0,04% em relação a março, o setor de construção continuou demitindo em abril, pelo 31º mês consecutivo. Ao todo, foram eliminadas 874 vagas no mês, uma retração de 12,94% na comparação com o mesmo período de 2016.

Se em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque de trabalhadores no setor era de 3,57 milhões; em abril deste ano, o estoque permaneceu na casa dos 2,47 milhões, apresentando uma queda de 0,04% em relação a março deste ano.

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Segundo o estudo, as únicas regiões a apresentarem dados positivos na geração de empregos no setor de construção foram o Centro-Oeste - que registrou uma variação positiva de 3.102 novos postos ocupados, uma alta mensal de 1,61% - e o Sul - que gerou 1.038 novos empregos na área, um avanço de 0,26% ante o mês de março. As demais regiões brasileiras apresentaram quedas: Norte (-1,05%), Nordeste (-0,53%) e Sudeste (-0,08%).

Embora o ritmo da queda do emprego na construção venha se reduzindo nos últimos três meses, a entidade não acredita em um revés imediato. "Sem novos investimentos e com a confiança dos investidores e das famílias novamente retraída em função da crise política, a perspectiva é de continuação do declínio do nível de emprego no setor", diz o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

Em abril, na comparação com março, os segmentos que registraram queda foram obras de instalação (-0,67%) e Imobiliário (-0,33%). Dentre as altas, destacaram-se Infraestrutura (0,89%) e Preparação de Terreno (0,29%). 

FONTE: DCI