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05/12/2022

Setor imobiliário comemora crescimento no PIB e aguarda aumento no Orçamento para habitação popular (O Globo)

O PIB do terceiro trimestre mostrou que o setor de Construção cresceu 6,6% em comparação ao mesmo período do ano passado

O PIB do terceiro trimestre mostrou que o setor de Construção cresceu 6,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Para o setor imobiliário, o que justifica o bom desempenho  é que, durante a pandemia, houve um consumo muito grande de estoques com redução do número de lançamentos, explica Marco Adnet, conselheiro da Associação de Dirigente do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ).

 

- E no período pós-pandemia, obviamente, teve um efeito elástico de retomar o ritmo de vendas e de investimentos, que só foi arrefecido graças ao aumento de juros. Mas, de alguma forma, a velocidade de vendas dos empreendimentos foi muito satisfatória, motivando os investidores imobiliários a seguirem comprando terrenos e aprovando projetos, justificando a retomada consistente da construção civil - considera ele, que também é sócio da Konek Transformação Imobiliária.

 

Entre janeiro e agosto de 2022, houve avanço de 13,5% nas unidades comercializadas ante o mesmo período do ano anterior, segundo o índice Abrainc-Fipe. 

 

E o que vem por aí? Victorio Abreu, diretor da Areaum Participações, diz que pesquisas indicam que, nas principais economias do mundo, serão retomadas em investimentos da construção civil na parte da habitação ou da infraestrutura, o que ratifica a contribuição da indústria da construção no PIB do país. Na opinião de Jamille Dias, consultora de Vendas e Marketing da Riviera Construtora, para 2023, a previsão permanece positiva e a expectativa é que o mercado apresente um crescimento de 4,5%, impulsionado pela estabilidade do preço dos materiais de construção.

 

- Isto vai gerar confiança no consumidor e impactar positivamente a venda do primeiro imóvel, carro-chefe da principal financiadora do país que é a Caixa. 

 

Até agosto, os empreendimentos do Casa Verde Amarela (CVA) foram responsáveis pela maior parcela das unidades lançadas (59,6%), comercializadas (71,8%) e entregues (90,4%) no acumulado até agosto de 2022, segundo o índice Abrainc-Fipe. No entanto, os lançamentos  apresentaram um recuo de 9,7% em relação a 2021. 

 

Os recursos destinados ao programa, que vai voltar a se chamar  "Minha Casa, Minha Vida" no governo Lula, é um dos pontos da agenda que será discutido com o setor com  senador Marcelo Castro (MDB-PI), autor da PEC da Transição, que vai participar do Encontro Nacional da Indústria da Construção na próxima semana. Ele vai participar do painel "Recursos no Orçamento para Habitação e Infraestrutura".

 

 

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), debater o Orçamento é tema central para a construção, já que a proposta enviada ao Congresso achatou os recursos destinados para infraestrutura e para o programa habitacional. O Orçamento de 2023 prevê R$ 82,3 milhões para os programas habitacionais, 90% a menos do que o previsto em 2022.

 

Matéria publicada em 04/12/2022

FONTE: O GLOBO