O mercado imobiliário comemorou as mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS. Em nota, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) disse que a ampliação do valor máximo do imóvel de R$ 264 mil para R$ 350 mil, era um pleito antigo do setor.
- As mudanças no teto, limite e curva de subsídios devem promover um aumento do acesso à população de menor renda, permitindo melhores condições de crédito às famílias mais carentes - afirma o presidente da ABRAINC, Luiz França.
Felipe Lemos, gerente Comercial da incorporadora The INC, salienta que a alta dos custos de construção elevou o valor dos novos imóveis que não conseguiam mais serem financiados dentro do programa. Segundo ele, o setor de construção civil vinha sofrendo, principalmente pós-pandemia, com a alta no custo da construção puxada pelo aço e demais insumos.
- Projetos anteriormente estudados por nós serão viabilizados com essa mudança e a construção civil contribuirá cada vez mais para o crescimento da economia do país.
Uma das consequências da medida, na opinião de Bruno Camargo, gerente Comercial da CTV Construtora, é estimular os incorporadores a lançarem ao mercado empreendimentos em bairros mais consolidados de transporte, comércio e serviço, onde naturalmente há escassez de terrenos e o custo do metro quadrado tem um maior valor agregado.
- É, sem dúvida, uma boa notícia que pode ajudar a reduzir o déficit habitacional.
Alessandra Vieira, diretora da Cubo Projetos Especiais, analisa que o aumento do teto do programa Minha Casa Minha Vida é extremamente positivo por ampliar o acesso aos benefícios a um público que vinha desassistido de opções no mercado.