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20/09/2016

Setor imobiliário no DF já ensaia reação

Em termos de Valor Geral de Vendas (VGV), estes três novos empreendimentos representam movimentação de R$ 240 milhões ou 38% do VGV dos 10 lançamentos de 2016.

São Paulo - Uma ação do governo do Distrito Federal para desburocratizar as autorizações a novos empreendimentos parece ter estimulado os negócios na região. Com as novas regras, 63 empreendimentos foram liberados só em julho, volume 320% maior que o visto entre abril de 2015 e abril de 2016.

"Bastou o governo agilizar um pouco mais a aprovação de projetos que o mercado imobiliário do DF respondeu na hora com lançamentos, afinal estamos afirmando há meses que a oferta está baixando e há demanda por novos imóveis", diz o vice-presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira, por meio de nota.

Segundo a Associação, no período de abril de 2015 a abril de 2016 apenas 15 projetos tinham sido liberados pelo governo; outros 15 projetos foram aprovados nos meses de maio e junho de 2016, um bom indicativo de melhoria; em julho de 2016 foram 63 projetos aprovados. Segundo Aroeira, a expectativa é que o IVV de agosto seja ainda mais alto, devido aos dados iniciais coletados com as empresas do setor. "Isso é importante porque a oferta de imóveis - apuradas junto a 29 empresas - é de apenas 4.054 imóveis novos. Apesar dos 10 lançamentos deste ano, a oferta caiu", diz.

Para o executivo, o mercado imobiliário do Distrito Federal vai na contramão do desempenho nacional. "Aos poucos, nosso setor volta a movimentar com mais vigor a economia do DF e isso repercute em toda a cadeia produtiva, gerando mais empregos e renda", complementa o executivo.

Velocidade de vendas - A mais recente pesquisa de Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis residenciais no Distrito Federal bateu 4,7% no mês de julho. Além de um índice positivo em termos de vendas, julho registrou o maior número de lançamentos imobiliários em um único mês em 2016. Foram três lançamentos, todos no setor Noroeste, o que representa 30% do total de 10 lançamentos no ano. Em termos de Valor Geral de Vendas (VGV), estes três novos empreendimentos representam movimentação de R$ 240 milhões ou 38% do VGV dos 10 lançamentos de 2016.

Explicando a retomada das vendas no Noroeste do Distrito Federal, o IVV da região em julho foi alto: 7,3% com 59 vendas naquele mês. "No Noroeste já são cerca de oito mil moradores e as vendas são financiadas com recursos privados. Não há, portanto, consumo de recursos públicos como nos projetos de moradia popular, o que indica que o poder de compra dos brasilienses está reagindo à crise", disse. 

FONTE: DCI