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27/01/2021

Setor imobiliário resiste à crise e previsão para 2021 é positiva

Queda de juros aqueceu o segmento em 2020. Segundo especialista, previsão é positiva para imóveis prontos e em lançamento em 2021.

Muitos setores sentiram os efeitos da crise provocada pela pandemia da Covid-19, mas o segmento imobiliário resistiu. A queda dos juros de financiamento fez crescer os investimentos no setor.

Em um complexo de apartamentos da região sul de São José do Rio Preto (SP), o volume de vendas aumentou em 2020 em comparação com o ano anterior. No local, todas as unidades foram vendidas e outras 40% estão negociadas.

Segundo o vice-presidente Olavo Tarraf Filho, dois fatores são responsáveis pelo consolidado positivo de 2020.

“O primeiro fator foi a continuação das obras. Por causa das medidas de segurança que a gente já adotava, os governos federal e estadual permitiram a continuidade. O segundo é a taxa Selic no menor patamar histórico de 2%, o que possibilitou que muitas pessoas entrassem no mercado imobiliário.”

Dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias revelaram um crescimento de 85,5% no lançamento de imóveis no país em outubro do ano passado em comparação com o mesmo mês de 2019. Nas vendas, o aumento foi de quase 70%.

Em 2020, a Secretaria de Planejamento de Rio Preto recebeu 26 pedidos para construção de novos empreendimentos residenciais na cidade. O número representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Em metros quadrados construídos, o crescimento foi de quase 50%.

Para 2021, especialistas apostam em uma perspectiva positiva para o setor.

“A perspectiva para 2021 é muito positiva para o mercado imobiliário como um todo. Não só nos imóveis prontos, mas também nos imóveis em lançamento, os vendidos na planta”, explica o conselheiro estadual do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci) Sabino Sidney Pietro.

Em Rio Preto, a tendência é uma expansão de imóveis verticais e, segundo o corretor de imóveis Fábio Lelis, o aquecimento do setor também está ligado à migração de pessoas e famílias de grandes metrópoles para o interior.

“O mercado está bem aquecido e a gente vem sentindo mês a mês que tem aumentado o volume de vendas. Pessoas e famílias têm vindo de grandes centros para morar no interior. Famílias que moravam em condomínios fechados e casas grandes estão migrando para opções mais funcionais, compactas e com melhor localização.”

Ainda segundo o conselheiro do Creci, o cenário de juros baixos fez com que pessoas se voltassem para o setor imobiliário como opção de investimento, já que o dinheiro não está rendendo tanto nas outras aplicações devido à baixa da Selic.

“Com a baixa de juros, o investidor viu que era um bom negócio aplicar em imóveis. Ele bem cuidado só valoriza com o tempo, coisa que outros bens desvalorizam.”

FONTE: G1