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08/12/2015

SindusCon-SP espera redução de 5% no PIB da construção em 2016

Em 2014 e 2015, houve uma redução de mais de 780 mil postos de trabalho no setor. O sindicato espera corte de 557 mil vagas no acumulado de 2015. Na comparação de outubro deste ano com o mesmo mês do ano anterior, houve uma redução de 508,2 mil postos de trabalho, o equivalente a uma queda de 14,4% no número de trabalhadores no ramo. A retração é a mais elevada da série história do SindusCon-SP, que teve início em 2003.

Marcelo Scandaroli

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional da construção civil terá queda de 5% em 2016, como reflexo de fatores como o aumento do desemprego, queda da renda, retração nos investimentos e queda nos níveis de confiança de consumidores e empresários.

Para 2015, a projeção é de queda de 8%. O resultado para o acumulado deste ano representa uma piora em relação à projeção anterior, realizada em agosto pelo sindicato, que apontava recuo de 7%.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (8), em reunião com jornalistas na sede do SindusCon-SP.

Em 2014 e 2015, houve uma redução de mais de 780 mil postos de trabalho no setor. O sindicato espera corte de 557 mil vagas no acumulado de 2015. Na comparação de outubro deste ano com o mesmo mês do ano anterior, houve uma redução de 508,2 mil postos de trabalho, o equivalente a uma queda de 14,4% no número de trabalhadores no ramo. A retração é a mais elevada da série história do SindusCon-SP, que teve início em 2003.

O sindicato observou que houve deterioração da conjuntura nacional ao longo deste ano, com piora da situação política, retração do poder de compra das famílias e aumentos dos saques da caderneta de poupança, tornando a disponibilidade de financiamentos reduzida. Isso levou ao enfraquecimento das vendas de imóveis e ao grande volume de distratos no mercado imobiliário.

Do lado dos investimentos públicos, o sindicato relembrou os atrasos no pagamentos de obras do Minha Casa Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e adiamento de concessões de projetos de infraestrutura.

 

FONTE: CONSTRUçãO E MERCADO