Para a vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, o sistema atual de financiamento imobiliário passa por “um certo esgotamento”. A executiva participou de painel sobre recursos para o crédito para habitação em evento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) nesta terça-feira (4), em Sâo Paulo.
Segundo ela, há duas medidas principais sendo discutidas no curto prazo: a liberação de 5% dos depósitos compulsório dos bancos, para ser usada no crédito imobiliário, e uma mudança no prazo de carência das Letras de Crédito Imobiliário (LCI). O setor imobiliário pede a liberação do compulsório para que os bancos tenham mais recursos disponíveis para concessão de crédito.
Sandro Gamba, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), ressaltou, no entanto, que essa seria uma solução apenas de curto prazo, liberando cerca de R$ 37 bilhões, valor que é consumido, atualmente, em três a quatro meses. “É importante, mas não é estruturante”, afirmou.
Sobre a LCI, Gamba disse que, com a mudança feita em fevereiro no prazo mínimo de vencimento dos títulos, de 90 dias para 12 meses, o volume de recursos distribuídos pelo setor caiu de R$ 30 bilhões ao mês para R$ 12 bilhões. “É importante tentar rever o prazo da LCI”, afirmou