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09/09/2018

SP: oportunidades no interior

O processo de retomada do crescimento da construção civil passa pelo interior do Estado de São Paulo

O processo de retomada do crescimento da construção civil passa pelo interior do Estado de São Paulo. Além de qualidade de vida e infraestrutura completa, a região possui indicadores econômicos favoráveis. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o Produto Interno Bruto (PIB) do interior paulista representa 66% das riquezas do Estado, chegando a quase R$ 1,3 bilhão, o dobro da capital paulista com R$ 650 milhões.

Neste cenário, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é uma das mais promissoras. Composta por 20 municípios, representa 7,81% do PIB paulista e 1,8% do PIB nacional, constituindo-se na segunda maior região de São Paulo. São 3 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE, número que impulsiona ainda mais a região, como por exemplo, a demanda habitacional.

Morar no interior do Estado é a aposta de muitas pessoas que desejam fugir do agito das grandes cidades e buscam qualidade de vida, conforto e lazer.

Polo de turismo e negócios, a cidade de Holambra, é exemplo desse modo de vida que tem impulsionado os negócios na região. Conhecida como a Capital Nacional das Flores, a cidade tornou-se referência nas áreas de horticultura, floricultura e tecnologia avançada na produção de sementes, e vem atraindo investidores nacionais e internacionais.

Só com a produção de flores e plantas ornamentais, a cidade arrecadou 8 milhões de dólares, em 2017, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A atividade turística de Holambra também movimenta os negócios da cidade que recebe 1 milhão de visitantes por ano.

A partir do exemplo de Holambra, podemos constatar e afirmar que empreender ou investir na RMC é uma ótima opção. Apesar de possuir ótimos condomínios residenciais, a região possui uma demanda reprimida por espações corporativos e unidades hoteleiras tanto para o turista de lazer como de negócios, incluindo comércio exterior voltado para o setor. De acordo com estudo da Concierge Hotelaria, estima-se que a região deverá registrar aumento de 25% no número de UHS disponíveis em médio prazo para atender essa demanda reprimida.

Os empreendimentos de uso misto, ou multifuncionais, que reúnem num mesmo projeto moradia, espaço corporativo e hotel são uma forte tendência para atender às necessidades dos clientes.

Ao combinar num mesmo lugar funções como morar, trabalhar e se divertir, esses projetos agregam várias vantagens. Melhoram as relações humanas, estabelecem novas conexões de convivência e, principalmente, o compartilhamento e uso de bens comuns gerenciados por quem entende do negócio, como as grandes redes hoteleiras.

Temos bons exemplos de empreendimentos de uso misto implantados em várias capitais e grandes cidades do País, que são referências do mercado imobiliário. E é esse conceito de sucesso que vai elevar também o patamar construtivo de cidades como Holambra, onde a prosperidade econômica se mantém a despeito dos indicadores nacionais. Oportunidades existem, mas precisamos enxergá-las e aproveitá-las.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO