Levantamento realizado pelo Índice Quinto Andar de Aluguel registrou queda de 1,88% no valor médio do aluguel por m² em São Paulo, ante março de 2021, a maior retração mensal desde julho de 2020. Já no Rio de Janeiro, houve alta de 0,3% no mês, mantendo tendência de recuperação que vem desde fevereiro. No acumulado de 12 meses, o indicador segue em queda de 7,84% em São Paulo e de 0,3% no Rio de Janeiro.
Em fevereiro, o indicador apontou que os valores de aluguel por m² em anúncios foram 11,56% do que os efetivamente praticados em contratos em São Paulo. Essa é a maior diferença registrada desde dezembro de 2020. No Rio, essa distância entre valores anunciados e praticados foi de 14,3% no mesmo período, praticamente estável em relação ao mês anterior.
Em São Paulo, o bairro que mais se valorizou nos últimos seis meses foi o Real Parque, seguido por Jardim Ester Yolanda e Vila Mazzei (na Zona Norte da capital). Já as maiores quedas nesse intervalo foram Barra Funda, Campo Belo e Sumaré. Entre os bairros com metro quadrado de aluguel mais caro na cidade estão, Vila Nova Conceição, Vila Olímpia e Real Parque.
Em relação ao tamanho, o preço do aluguel por metro quadrado dos imóveis de um quarto caiu 1,6% em abril, ante março. No mesmo período, houve queda de 1,6% nos imóveis de dois quartos e estabilização nos imóveis de três quartos.
A maior alta de aluguel por metro quadrado no Rio foi Lagoa, seguido por Recreio e Méier. Já as maiores retrações vieram do Centro, Santa Teresa, e Maracanã. Ipanema, Leblon e Botafogo mantêm a posição, pelo segundo mês consecutivo, de bairros mais caros da capital fluminense.
Os imóveis de até um dormitório tiveram leve queda no preço do metro quadrado de 0,19% em abril, comparado com março. Os dois quartos tiveram aumento de 1,11%. Já os imóveis de três dormitórios se mantiveram estáveis.
As medidas mais restritivas da Fase Vermelha do Plano São Paulo parecem não ter impactado negativamente no mercado imobiliário da capital paulista. Os resultados levantados pela pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) demonstram que o isolamento social não interferiu na venda de casas e apartamentos residenciais usados na cidade de São Paulo, no mês de março. Ao contrário, houve um aumento de 23,02% no volume de imóveis vendidos nesse mês, na comparação com fevereiro.
Curiosamente, uma proporção de 44,35% dos negócios desse período foi feita à vista e outros 45,97% foram financiados por bancos privados. Restou à Caixa um percentual de financiamento de 4,84% dos negócios ocorridos em março na capital. O índice é um pouco superior aos 3,23% correspondentes às vendas financiadas diretamente pelos proprietários. E os consórcios responderam por 1,61% do total vendido.
A Zona C da cidade, composta por bairros como Aricanduva e Chácara Santo Antonio, foi que a apresentou o maior percentual de vendas de casas e apartamentos, com 33,05%. Na sequência, vieram as Zonas B (27,41%); A (25,01%); D (13,72%) e a Zona E, com 0,82%.
Mais da metade das vendas de casas e apartamentos (58,06%) ocorridas na capital em março foi de imóveis cujo valor final médio não ultrapassou R$ 800 mil. Com relação ao valor médio do metro quadrado, 52,17% dos imóveis negociados estavam na faixa de R$ 8 a R$ 9 mil/m². No mês de março, o perfil das casas e apartamentos foi, na maioria, de padrão médio (76%).
A tendência de alta nas vendas pode ter respingado no menor número de imóveis alugados em março na comparação com fevereiro. Nesse período, a queda chegou a 21,46%. Mesmo assim, o acumulado do ano ainda está positivo em 8,97%, demonstrando que o mercado ainda está aquecido.
O volume de chaves devolvidas em março superou em 51,29% o número de imóveis alugados. Em fevereiro, esse índice tinha chegado apenas a 6,44%, o que indica um aumento de 42,14% nas devoluções.
Em fevereiro, o IGP-M fechou em 25,71% e em março, o índice subiu ainda mais, chegando a 28,94%. A inadimplência também cresceu em março na capital, fechando o mês 20,71% maior que em fevereiro (6,82% contra 5,65% na comparação). A faixa de preço de locação preferida dos inquilinos foi de imóveis de até R$ 1.500 (59,35% dos novos contratos).