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28/11/2022

SP tem seis dos dez bairros com casas mais caras do país (Valor Econômico)

Os quatro primeiros da lista são Jardim Europa, Jardim América, Vila Nova Conceição e Jardim Paulistano, na capital, conforme levantamento da proptech Loft Dados

A capital paulista concentra seis dos dez bairros com o maior valor por metro quadrado para casas, de acordo com a Loft Dados, núcleo de inteligência de mercado da plataforma imobiliária.

 

Os quatro primeiros bairros da lista são paulistanos: Jardim Europa, Jardim América, Vila Nova Conceição e Jardim Paulistano, com metro quadrado a R$ 21.053, R$ 20.313, R$ 17.964 e R$ 16.129, respectivamente.

O dado utilizado é a mediana, ou seja, o valor mais central obtido ao se colocar todos os valores de metro quadrado em ordem crescente.

 

A quinta colocação fica com um bairro paulista, mas não paulistano. É a Riviera, em Bertioga, no litoral do Estado, com preço mediano de R$ 14.809.

Para efeito de comparação, o valor médio do metro quadrado das casas à venda no país é de R$ 3.756, quase seis vezes menor do que no bairro mais caro.

 

Completam o ranking dos dez bairros mais caros para casas outras duas vizinhanças paulistanas, Vila Olímpia e Pinheiros, assim como dois bairros cariocas, Jardim Botânico e Gávea, e Jurerê Internacional, em Florianópolis. Veja a tabela completa abaixo.

 

 

 

Na lista dos 50 bairros brasileiros com maior valor de metro quadrado, São Paulo tem 33 posições.

Embora as casas ainda sejam 85% do total de residências do país, segundo dados da Loft, a participação delas no total das construções vem caindo a cada década em algumas capitais. Em São Paulo, casas eram 65% das construções da década de 1940, depois 63% na de 1970 e apenas 15% nos anos 2010.

 

Em Porto Alegre, passaram de 65% na década de 1940 para 21% na de 1970 e 15% na década passada. O mesmo ocorreu com Belo Horizonte, que viu a proporção de casas nas construções cair de 81% para 46% e chegar a 26% no mesmo intervalo.

Dados de outubro da Loft apontam que a maior parte das moradias em São Paulo já é de apartamentos, mas a diferença é pequena. Casas são 48% do total de residências na cidade. Em outras capitais, as moradias térreas seguem predominando: em Belo Horizonte, são 34% do total. Em Porto Alegre, 24%, e, no Rio, 21%.

 

A proptech separou também a diferença entre preço transacionado, o que foi efetivamente pago pelas casas à venda, e o pedido nos anúncios nas capitais paulista, mineira e gaúcha.

 

Em São Paulo, o valor pedido é 15% maior do que o transacionado, passando de R$ 6 mil para R$ 5.119. Em Belo Horizonte a diferença é menor, de apenas 3%: enquanto a média dos anúncios é de R$ 4,2 mil, o valor médio transacionado é de R$ 4,1 mil.

 

 

Já em Porto Alegre a situação é inversa, com valor pago 29% maior do que o pedido nos anúncios, que pulam de R$ 4,4 mil para R$ 5,7 mil.

Com o valor mais alto por metro quadrado, a área média das casas vendidas em São Paulo é menor do que nas duas outras capitais, em 115 metros quadrados. Em Belo Horizonte, o tamanho médio é de 165 metros quadrados, enquanto em Porto Alegre é de 135 metros quadrados.

 

Especulação no preço de apartamentos em São Paulo

 

A Loft Dados divulgou nesta semana também o resultado do seu Especulômetro de novembro, que mede a diferença entre o valor de venda de apartamentos, de acordo com registro na prefeitura de São Paulo, e o valor de anúncio de imóveis semelhantes, nas mesmas regiões.

As maiores diferenças de valor, que apontam para uma especulação mais elevada, estão nos bairros da Bela Vista, Lapa e Jardim Paulista, com 30,67%, 27,05% e 25,24% de diferença entre o preço pedido e o comercializado.

 

Já os bairros com menor especulação no período foram Vila Leopoldina (9,71%), Aclimação (10,16%) e Jardim Paulista (11,83%)

 

Matéria publicada em 25/11/2022

FONTE: VALOR ECONôMICO