Salas de uso comum interditadas. Na mesa de trabalho, lugares bloqueados. São medidas que uma startup do setor imobiliário está tomando para retomar o trabalho presencial.
“O que estamos fazendo é um ensaio geral para saber como vamos trabalhar no novo normal. É momento de adaptação para ver como usar máscara, medida de temperatura, espaço nas mesas elevador e todos protocolos que estamos aprendendo agora”, diz o diretor de relações públicas, Ricardo Kauffman.
A retomada gradual começou no mês junho, com várias restrições. Por exemplo, 350 funcionários frequentavam um escritório todos os dias antes da pandemia, agora apenas 25 podem usar o espaço ao mesmo tempo.
Além disso, os funcionários são testados a cada 15 dias para garantir que ninguém irá trabalhar espalhando o vírus.
“Já fizemos três ondas de testes abertos a todos funcionários – 70% já realizaram. Abrimos para dependentes. A gente também realizou alguns testes pela segunda vez”, conta Ricardo.
Essa é uma medida recomendada por médicos infectologistas. “O que seria o ideal: você teria blocos de 10, 15 pessoas, elas são testadas e seriadamente. De acordo com ocorrência, tem que ser avaliado novamente a presença desse grupo. De cada 10 a 15 dias, o mesmo bloco de pessoas” orienta a infectologista Raquel Muarrek.
A startup não considera a aplicação do teste um custo, e sim investimento na equipe de colaboradores.
A startup também tomou medidas que vão além dos funcionários. Qualquer pessoa que chega tem que responder um questionário com perguntas referentes a Covid-19. Se teve contato com pessoas diagnosticadas, se viajou nas últimas duas semanas ou teve e sintomas da doença. A pessoa também recebe uma máscara descartável e precisa medir a temperatura.
A startup é especializada em compra de imóveis difíceis de vender. Mesmo com as medidas de segurança, a empresa usa tecnologia para oferecer ao cliente, a opção é de fazer tudo à distância: da visitação à assinatura da escritura.
“Pode fazer toda jornada de compra e venda de imóvel sem sair de casa. Isso é revolução para o mercado imobiliário brasileiro”, completa Kauffman