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26/09/2023

Tamanho médio dos imóveis lançados em São Paulo é 96 m², segundo levantamento (Estado de S.Paulo)

Cidade é a capital com menor área privativa entre as capitais estudadas pelo estudo

estudo promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). A cidade paulista é a que possui a menor área entre as nove capitais analisadas pelo levantamento. A capital com maior área privativa é Goiânia (GO), onde os imóveis possuem, em média, 144 m².

 

“O resultado reflete uma tendência mundial de que nas grandes metrópoles o tamanho dos imóveis é menor”, entende Luiz França, presidente da Abrainc. “Contribui para isso também o alto volume de vendas de estúdios em São Paulo e a construção de muitas Habitações de Interesse Social (HIS) – cerca de 40% do total”, complementa.

França acredita que o tamanho do apartamento tende a refletir um comportamento de consumo da população. “Muitas pessoas optam por morar em apartamentos menores, desde que localizados em regiões mais centrais ou próximas a locais com grande oferta de transporte público. Além disso, o Plano Diretor da cidade incentiva a construção de unidades com esta tipologia”. 

A capital de Goiás, por outro lado, se destaca por ter registrado uma valorização de 13% entre 2022 e 2023, a maior entre todas as capitais. O preço médio do m² na cidade passou de R$ 7.273 para R$ 8.205. “Os números do setor refletem o bom momento econômico do estado nos últimos anos, puxado em grande parte pelo agronegócio”, justifica França. 

A expectativa de França é que a tendência de crescimento permaneça na capital goiana. “O valor segue defasado em relação às grandes cidades brasileiras. A perspectiva é que o preço do imóvel continue subindo acima da média nacional”, pontua. Do outro lado dessa lista, Florianópolis, a capital mais cara do Brasil, registrou a menor valorização do período. O preço do metro quadrado foi de R$ 15.526, em 2022, para R$ 15.718, em 2023, indicando uma alta de apenas 1%.

“A cidade já possui um alto valor de m², portanto é natural que o preço fique estável, mesmo considerando que a economia de Santa Catarina viva um bom momento”, argumenta o presidente da Abrainc. “Além disso, o preço lá é muito afetado pelo segmento de alto luxo. Quando a participação relativa do segmento cai, o preço médio do m² tende a acompanhar”, acrescenta. 

Em São Paulo, cujo m² é o segundo mais caro do País entre as capitais, a alta foi de 6%. Atualmente, para adquirir um imóvel na capital paulista é necessário desembolsar R$ 14.605 por m², de acordo com o levantamento Evolução do preço do m² vendido por cidade, da Abrainc. 

Evolução do preço do m² vendido por cidade/ Abrainc/ Econômico: Teto MCMV; Standard: Teto MCMV até 500 mil; Médio: 500.001 até 1.000.000; Alto: 1000.001 até 1.500.000; Alto Luxo: 1.500.001 até 3.000.000; Super Luxo: Acima 3.000.001. Fonte: Abrainc

Interior de São Paulo

O estudo da Abrainc também acompanhou a evolução dos valores em cidades do interior de São Paulo. O município de Piracicaba, por exemplo, registrou uma alta de 38% entre 2022 e 2023. O preço do m² saltou de R$ 5.611 para R$ 7.720.

 

“Piracicaba sempre teve uma forte correlação com o agronegócio, que vive um bom momento. A cidade também vem atraindo um grande número de indústrias e serviços, o que contribui para o crescimento econômico”, analisa. “Com a alta, o preço se equipara ao de outras grandes cidades do interior com população entre 400 e 800 mil habitantes”, finaliza. 

FONTE: ESTADO DE S.PAULO