Os bancos continuam ajustando para baixo as taxas de juro cobradas nos empréstimos para a compra da casa própria pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) à taxa básica de juros (Selic) em queda.
O financiamento pelo SFH é feito com o dinheiro captado pela caderneta de poupança, com juro limitado a 12% ao ano. Os recursos da poupança, que dão lastro ao crédito imobiliário, rendem ao aplicador, com a Selic abaixo de 8,50% ao ano, 70% da taxa básica. Com a Selic rodando em 6,50% ao ano, no momento, isso dá um rendimento de 4,55% ao ano.
A diferença entre a taxa paga na captação de recursos com a caderneta e a cobrada no financiamento imobiliário, descontados custos administrativos e impostos, seria o ganho do agente financeiro.
Desta vez, quem reduziu os juros no crédito imobiliário foi o banco Santander. A taxa de juros cobrada de clientes no financiamento pelo SFH recuou para 8,99% ao ano. No empréstimo pela Carteira Hipotecária (CH), com taxas livres, o juro caiu para 9,49% ao ano.
Mais baixas - As novas taxas de juro, de acordo com o banco, estão entre as mais baixas do mercado para financiamento pelo SFH. As novas condições estão em vigor desde 25 de abril e serão mantidas até 31 de julho de 2018.
Para candidatar-se ao crédito imobiliário do Santander com as novas taxas, o interessado precisa ser cliente pessoa física com relacionamento com o banco e optar pelo pagamento do financiamento com o valor das parcelas atualizado (SAC, Sistema de Amortização Constante).
O Santander financia a compra de imóveis novos e usados a partir de R$ 60 mil, com prazo de pagamento de até 35 anos. A renda mínima necessária é de R$ 2,5 mil (composta) e o comprometimento da renda com o pagamento da prestação fica entre 30% e 35%, variável de acordo com a análise de crédito do banco.
Caixa - Os juros do financiamento habitacional pelo SFH estão mais baixos também na Caixa Econômica Federal desde o dia 16 de abril. O cliente do banco, que pagava juro de 10,25% ao ano, passou a pagar 9% ao ano para a compra de imóveis de até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal. Quem não tem relacionamento com a Caixa passou a pagar juro de 10,25% ao ano. O teto para essa modalidade de crédito nos demais Estados do País é R$ 800 mil.
As taxas de juro recuaram também, na mesma proporção, de 11,25% ao ano para 10%, para a compra financiada de imóveis de maior valor, pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). O juro é mais alto nessa modalidade de crédito porque o custo de captação de recursos que financiam essa linha, por meio da colocação de títulos privados, é maior que o da caderneta de poupança, fonte de recursos do SFH.